quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A Mulher do Viajante do Tempo - Opinião

Sinopse: Audrey Niffenegger estreia-se na ficção com um primeiro romance absolutamente prodigioso. Revelando uma concepção inovadora do fenómeno da viagem temporal, cria um enredo intrigante e arrebatador, que alia com magistralidade a riqueza emocional a um apurado sentido do suspense. Este livro é, antes de mais, uma celebração do poder do amor sobre a tirania inflexível do tempo. Para Henry, essa inexorabilidade assume contornos estranhamente inusitados: ele é prisioneiro do tempo, mas não como o comum dos mortais. Cronos preparou-lhe uma armadilha caprichosa que o faz viajar a seu bel-prazer, para uma data e um local inesperados, onde aparece completamente desprovido de roupa ou de outros bens materiais. A Clare, sua mulher e seu grande amor, resta o papel de Penélope, de uma Penélope eternamente reiterada a cada nova partida de Henry para onde ela não pode segui-lo. Quando Clare e Henry se encontram pela primeira vez, ela é uma jovem estudante de artes plásticas de vinte anos e ele um intrépido bibliotecário de vinte e oito. Clare já o conhecia desde os seis anos… Henry acabava de a conhecer… Estranho?! Poderia parecer, não fosse a mestria de Audrey para tecer os fios do tempo com uma espantosa clareza. Intenso e fascinante, "A Mulher do Viajante no Tempo" é um livro inesquecível pela qualidade das reflexões que provoca, pela sensibilidade com que nos retrata a luta pela sobrevivência do amor no oceano alteroso do tempo. Na orla desse oceano, perscrutando o horizonte, ficará sempre Clare, à espera de um regresso anunciado…

Opinião: O livro do mês, do Clube de Leitura Bertrand -  fantástico, foi a Mulher do Viajante do Tempo. Infelizmente, amanhã não vou puder estar presente no encontro para discutir este livro pelo que fica a minha opinião.
É uma história sem dúvida muito bonita, mas achei que a forma como está escrita, e como nos é apresentada, se torna confusa; pelo menos para mim, em certas alturas tornou-se. A forma como o texto passa do Henry, para a Clare, mas especialmente a junção de, por vezes, 3 datas diferentes na mesma situação, gerou alguma confusão.
Toda a temática da viagem no tempo é maravilhosa, pela beleza e por aquilo que representa para a maioria das pessoas (ou pelo menos, para aquelas que costumam pensar neste tipo de coisas =) ), mas, acho que nunca vi em lado nenhum, filmes ou outros livros, o viajar no tempo ser retratado de uma forma tão má.
 Aquilo que é à partida uma possibilidade fantástica, torna-se facilmente num pesadelo. Pobre Henry... pobres de nós se nos fosse dada a escolha de poder viajar no tempo, mediante as condições que o Henry as fazia... sem roupa... sem dinheiro... sem nada!!! Sempre imaginei o viajar no tempo como uma experiência quase, extra-corporal, como uma viajem astral, onde somos meros espectadores, e onde nunca se poderia intervir. A possibilidade de poder alterar as coisas, é na verdade, assustadora, pois o resultado, é imprevissivel.
Outra questão com que fiquei, foi a do tempo como algo continuo e perpétuo. Ou seja, o presente do Henry, é o aqui, o agora. Mas então e o passado? É onde? Noutra dimensão, noutro espaço? Se assim é, significa que na verdade ele não pode morrer? Ou a coisa acaba, quando o Henry do passado chegar ao seu presente e morrer? É que mesmo o Henry do passado, quando chegar ao futuro, vai ter um Henry do passado certo? Significa então, que o tempo, é algo continuo, circular, e que não tem fim? Bahhhhhhhhh fiquei com a cabeça feita em papa!!!
Já tenho o filme para ver e comparar, pode até ser que me tire algumas dúvidas =)

Enfm... a parte estas questões que agora davam para eu ficar aqui o resto da noite a divagar, agradeço à Editorial Presença, por ter sido tão rápida a enviar-me um novo livro, visto que o que eu tinha comprado vinha com um defeito bem grande! =)
Obrigada!!!

1 comentário:

  1. Este foi um dos poucos casos em que gostei mais do filme do que do livro :)

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