quinta-feira, 23 de junho de 2016

Wayward Pines # Paraíso - Opinião

Opinião: Se este não foi um dos melhores livros que li este ano, matem-me já! Esta coisa de ler menos livros que o habitual está a ter as suas vantagens. Se nos outros anos por esta altura, já teria lido cerca de 30 ou mais livros, este ano a coisa anda pelos 11. Mas quando se diz por aí que quantidade não é qualidade também é verdade. Dos 11 livros que li este ano nenhum levou 2 estrelas ou menos no Goodreads, o que comparado com o ano passado, é um grande feito. Quer dizer que tenho gostado de tudo aquilo que me tem passado pelas mãos (inclusive o bolo de chocolate que comi antes de ontem).
Wayward Pines foi uma das compras da Feira do Livro deste ano. Não sabem o gozo que me está a dar despachar as leituras de tudo aquilo que comprei por lá, que não foi muita coisa. Mas hei...5 comprados...1 lido. Não é mau. Andei durante mais de 1 ano a evitar a leitura deste livro por achar que se tratava de um policial. De onde foi que retirei esta ideia? Da sinopse. Folgo em saber que não fui a única pessoa a ser induzida em erro. Até à tarde em que, num daqueles momentos de zapping pela tv, me cruzo com a apresentação da nova temporada de Pines, que passa na Fox. E tudo dentro de mim pulou de felicidade quando dou de caras com criaturas estranhas e com um cenário muito semelhante aqueles criados por Justin Cronin. Vai daí, toca de mandar mensagens ao pessoal livrólico a perguntar mais coisas sobre este livro. As amigas foram unânimes na mensagem: "Lê Neuza, é a tua cara". E pronto. Uma pessoa vai à Feira do Livro e dá nisto. 2 livros comprados na Suma, mas isso fica para outro post.
Sobre Wayward Pines. Que livro fantástico. Sabem aqueles livros em que soltamos umas quantas asneiras porque não estamos a entender nada do que se está a passar, mas ainda assim não conseguimos parar de ler? É destes. Uma mistura perfeita de thriller com ficção cientifica com distopia com sal e pimenta e tudo para ser brutal. Andamos a história toda às voltas e voltas com o nosso agente secreto, a temer por ele, a sofrer com ele, a soltar exclamações em locais públicos, sempre que lhe acontecia alguma coisa e, acreditem que lhe acontece muita coisa mesmo, para no final ficarmos simplesmente de queixo caído. Foi sem dúvida dos finais ou das revelações, mais surpreendentes que já li num livro. A forma como a história nos vai sendo revelada, muito a conta gotas, serve para nos prender à leitura e nos fazer ler a um ritmo frenético. No final ficam imensas dúvidas sobre o que vai acontecer a seguir, mas não só. Foi um livro que me deixou com imensas dúvidas a nível de ética, de sentido, de evolução... ahhh bolas quero tanto falar com alguém sobre Pines!
Agora vem a pior noticia... na feira... não comprei o 2º volume da trilogia. Tenho o 3º porque me ofereceram, mas e o 2º? Nop. Sabem bem que todos os anos compro demasiados livros e que uma das coisas que queria começar a evitar fazer, era comprar trilogias completas sem ler pelo menos o primeiro livro. Falho sempre em concretizar isto. Desta vez lá aguentei, comprei só o primeiro e agora olha, lá terei eu de continuar a feira do livro no site da wook, porque ficar sem ler Pines, nem pensar. Mais uma vez, não se deixem enganar pela sinopse curtinha, pelo agente secreto e pelo mistério em torno do mesmo. Este livro é 5 estrelas e vale bem a pena ler. 

 
Sinopse: O agente secreto E. Burke chega a Wayward Pines com a missão de encontrar dois agentes que desapareceram. Logo ao chegar, sofre um violento acidente e acorda no hospital: sem documentação, sem telemóvel, sem a pasta. À medida que a investigação avança, as dúvidas são numerosas e inquietantes. Burke afasta-se cada vez mais do mundo que pensava conhecer e do homem que pensava ser. 

Até que esbarra numa dúvida aterradora: será ele capaz de sair dali?

sábado, 18 de junho de 2016

À morte ninguém escapa - Opinião

Opinião: Mais um livro do Senhor Arlides lido. Fantástico tal como o primeiro. Por motivos ligados à história e que seriam sem dúvida de natureza spoilenta (palavra inventada agora mesmo) digo-vos que dei 4 estrelas a este livro, ao invés das 5 que o primeiro levou, mas não vos posso dizer porquê. Trata-se apenas de uma caganeirice minha e que não retira de todo qualquer mérito ou qualidade ao livro.
Neste segundo volume continuamos a seguir a detective Helen Grace no seu dia a dia como policia. Somos totalmente apanhados de surpresa quando percebemos que passou 1 ano desde os eventos que decorreram no primeiro livro, o que me leva a crer que com tantos livros na série, vamos ter oportunidade de acompanhar a vida da detective na integra, o que é sempre muito muito fixe. Os crimes presentes neste livro são tão maus quanto os do primeiro, se não ainda um bocadinho mais brutais. As descrições tornaram-se mais vividas e ainda mais fáceis de visualizar, se é que isso é possível e a coisa tornou-se ainda mais cinematográfica do que já era. Digo isto como um elogio atenção. O autor tem de facto uma capacidade enorme de nos fazer sentir que estamos a assistir a uma série na tv. É clara a sua capacidade como argumentista. 
Não quero entrar em grandes detalhes sobre a história, apenas reforçar que os pormenores e surpresas em torno da inspectora são reforçados neste livro, que ficamos a conhecer mais sobre ela e sobre o seu passado e que ficamos também muito na expectativa sobre o que irá acontecer no volume seguinte a determinadas personagens. Sobre o final do livro em si, não acabou bem como eu queria. É daqueles livros em que pensei o tempo todo que a coisa ia acabar de uma maneira e que por acaso era a maneira que eu gostava, quando do nada, buum, reviravolta e afinal não foi nada daquilo que esperava. Também é daqueles em que passei o tempo todo a pensar que tudo estava a ser muito previsível e que os crimes estavam de certeza a ser cometidos por a pessoa X... para depois buuummm buuuummm não ser nada assim. E não são estes os melhores livros do mundo?
Numa nota diferente, e correndo o risco de dar uma de Marcelo Rebelo de Sousa, tive a oportunidade de conhecer o autor durante a feira do livro deste ano. Foi a surpresa total! Que homem é este que consegue escrever as coisas mais nojentas e cruas, e ser ao mesmo tempo a pessoa querida e simpática que se vê na foto? Adorei. Todo o tempo que estive com ele e tudo aquilo que discutimos um com o outro em conjunto com a querida Jojo, que também podem ver na foto. Gostei particularmente quando a conversa resvalou para o facto de eu estar grávida e só conseguir ler cenas sangrentas, da sugestão do autor para que eu pintasse o quarto do bebe de vermelho e, especialmente, quando ele confessou que pesquisava N cenas no goolge para os seus livros. Foi realmente um pequeno tempinho bem passado. As pessoas têm de facto muitas camadas, não é assim? E desse lado, já pegaram finalmente num livro deste home ou ainda não??? O que raio esperam??


Sinopse: O corpo de um homem é encontrado numa casa vazia.O seu coração foi arrancado e entregue à família. A detetive Helen Grace sabe que esta não será a última vítima de um assassino em série. Os media chamam-lhe Jack, o Estripador, mas ao contrário: este mata homens de família que vivem vidas duplas e enganam as suas mulheres.Helen consegue pressentir a fúria por detrás de cada assassínio. Mas o que ela nunca conseguirá prever é quão volátil na realidade este assassino é. Nem o que a aguarda no final desta caça ao homem.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

2 para os 7


Faltam 2 semanas para os 7 meses e há algumas considerações a fazer sobre como tem sido esta jornada de 25 semanas. Até agora tem corrido tudo bem. Nada de extraordinário aconteceu, que não fosse "normal" acontecer. Sofri todos os enjoos possíveis e imaginários, até me terem medicado contra a coisa. Senti tonturas nos momentos em que devia comer e não o fazia por falta de tempo. Chorei e ri ao mesmo tempo como uma maluquinha e descarreguei ondas de mau humor no marido, tal como manda a lei da gravidez. Há muita coisa que é considerada "normal" na gravidez e que é na realidade uma bela bosta, mas uma pessoa até aguenta bem, porque lá está, é normal.  Só que quanto mais perto estou do final, maiores são as quantidades brutais de caca que tenho de sentir e aturar e o pior, é que nem todas se devem ao facto de estar grávida. 
O aumento de peso tem sido um pequeno "grande" problema durante a gravidez. Especialmente porque está instituído entre médicos que uma grávida só deve engordar X quilos...e claro que no meu caso, onde é que a norma já está. Uma pessoa ouve de tudo nesta fase. Como se já não nos sentíssemos ligeiramente humm como dizer, focas, ainda temos de levar constantemente com comentários como, "bolas tu engordas de dia para dia", ou o meu preferido "estás a prejudicar o teu bebe!".  De facto a diferença ainda é alguma, mas caramba não é preciso tanto sim. Tenho de me controlar constantemente para não responder com "Eu estou grávida, qual é a tua desculpa para estares gorda?", mas às vezes sai. 
Nesta fase começo já a ter muitas dificuldades em andar muito tempo em pé, ou até mesmo caminhar durante muito tempo. Exemplo disso é que fui no fim de semana passado à feira do livro e depois de 2 horas a andar por lá, estava K.O. e pronta para vir para casa. Pior, foi que no dia da criança, peguei na malta toda e fomos para a feira. 13 crianças de 3 anos, um dia inteiro de feira com temperaturas a rondar os 35 graus. Morri. Claro que morri. Quando cheguei a casa ontem, depois de um banho de água gelada nas pernas, chorei as pedrinhas da calçada todas. As dores nas pernas e pés eram tantas e o inchaço era qualquer coisa de sobrenatural, que me assustei claro e sinto-me perto do ponto de ruptura a nível profissional. Não sei quanto tempo mais vou aguentar continuar a trabalhar. São 3 os transportes que tenho de apanhar para chegar a Lisboa e ao fim de meses a entrar sempre nas mesmas carruagens com as mesmas pessoas, ainda é um filme para me darem o lugar. No comboio lá me vou safando, mas no metro é para esquecer. Ontem por exemplo, depois daquilo tudo ainda tive de ir em pé no metro, porque ninguém dá o lugar. As pessoas fingem que não estou lá especialmente aquelas que se sentam nos lugares prioritários. E sim, eu sei que devia pedir o lugar, mas não consigo. Um dos pontos altos desta gravidez foi ter sido insultada umas duas vezes por me terem dado o lugar. Não estou para me chatear e por isso, prefiro esperar e observar as caras de cú que as pessoas fazem quando vêem uma grávida a entrar no metro. É uma autêntica experiência sociológica. 
As dores nas costas durante a noite, são apenas suportáveis graças ao auxílio de uma almofada gigante que arranjei para ter na cama. Agora somos 6 a dormir. Eu e o bebe, o marido, a Nala e o Sebastião, e a almofada, que baptizei de Jerónimo. Não me perguntem porquê. Falando em Nala, tem sido tão giro ver a forma como ela me segue para todo o lado e me dá mimos. Uma querida! 
E também tem sido interessante ver a forma como os meus pimpolhos de 3 anos me tentam ajudar em montes de situações, como por exemplo tirar as camas à sexta feira e arrumar os lençóis, essas coisas assim. Estão a ficar uns crescidos. Enfim... já não consigo ver os meus próprios pés (mas vejo pelos de gata na foto), estou ligeiramente cansada, esfomeada e ansiosa. Faltam 2 semanas para os 7... respira Neuza.