domingo, 21 de fevereiro de 2016

Pilha Feira do Livro - Desafio para 2016

Lembram-se deste desafio? Decidi criá-lo no ano de 2014 após a Feira do Livro de Lisboa. Um pequeno desafio com um objectivo muito simples: ler 12 livros que tivessem sido adquiridos durante a feira desse ano. Daria efectivamente coisa de 1 livro por mês. Escusado será dizer que, como todos os desafios a que me propus o ano passado, este também não foi cumprido, o que é parvo, visto que até era relativamente simples de realizar.
Mas vamos meter as coisas nos seguintes termos; acho que tive mais olhos que barriga com os desafios no ano que passou. Porque eu não tinha só este menino para cumprir, tinha também os da TBR e mais uma TAG. Ora estava-se mesmo a  ver que tanta coisa junta ia dar caca especialmente quando se tem em conta, que eu nunca cumpro nada deste tipo de cenas (aliás, nem sei porque é que ainda gosto de tentar). Mas vamos ver como é que a coisa ficou:  

Mal... pronto. De 12 títulos escolhidos e que eu queria ler muito, como sempre, acabei por ler apenas 3 e nem sequer foram os melhores da pilha, disso tenho eu a certeza. Li Divergente, que é basicamente uma grande caca (e nop, não planeio ler os restantes) e li ainda os 2 primeiros volumes na saga Sangue Fresco aos quais acabei por dar 3 estrelas; gostei mas. Agora digam-me sinceramente: tendo em conta o facto de só ter lido 3 livros desta pilha e, de este ano ainda só ter lido 3 livros também (visto que me apetece tudo menos ler), será que criar um novo desafio é uma escolha inteligente? Nop, claro que não é. Of course not! E é precisamente por isso que o vou fazer. Tcharammm (pessoas sem juízo? EU).
Só que agora é que está a bater, que nem sequer me lembro do que é que comprei no ano passado. Como sabem, a Feira do Livro de 2015, foi meio mhe para mim. Foi um ano de experiências, não a nível de leituras, mas a nível "profissional". Foi o ano em que fui convidada por uma editora a trabalhar todos os dias no seu stand na feira e, a realizar pequenas Horas do Conto. Nem tudo foi mau, como já vos contei em posts anteriores; só que se tiver de classificar a experiência, diria que não gostei. Não gostei, não quero repetir, nunca, jamais em tempo algum (juro-vos que os meus pés nunca mais foram os mesmos desde aquela altura). E por conta da experiência ter sido meio traumatizante, não me estou a conseguir lembrar de tudo o que comprei por lá. No outro dia encontrei uma foto com as compras e prendas da feira, mas sem mostrar as lombadas, e não tinha noção de que no meio de tanto trabalho tinha comprado tantos livros. Por isso, o que vou fazer agora, é olhar para a estante e fazer uma selecção de 12 livros adquiridos durante a feira; livros comprados por mim e também os oferecidos. Volto já

************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************************

Ora bem, tive de ir rever os vídeos que fiz de haul da feira, caso contrário juro que não me conseguia lembrar de tudo o que veio cá para casa nessas semanas. E é por isto que eu gosto tanto do canal. Obrigada Neuza do passado por teres feito estes vídeos. Aqui está ela. Esta é a Pilha Feira do Livro- Desafio para 2016:
Acham que escolhi bem? Já leram algum destes livros e se sim, por qual devo começar? Foi difícil fazer esta pilha porque, como sempre, uma pessoa quer sempre ler tudo, mas na hora da verdade nunca sei para onde me hei-de virar. Destes 12 livros, acho que aquele que tenho mais  curiosidade por ler é o policial Um Dó Li Tá, por dois motivos. Tenho a continuação na estante e já saíram mais dois livros desta série. Também O Quarto de Jack, uma vez que o filme está aí. Tal como aconteceu com a pilha do ano anterior, eu quero ler tudo... só espero é que este ano a coisa corra melhor, o que convenhamos, para quem ainda só leu 3 livros este ano, o futuro apresenta-se negro. 








sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Livros lidos VS Livros comprados

Sim, façam todos esse ar espantado, porque aqui vou eu outra vez falar sobre a minha necessidade parva de comprar livros mesmo quando não preciso deles (acabei de comprar mais dois, mas não digam a ninguém). 
Estamos em Fevereiro e ainda não fiz um balanço do ano que passou. Quer a nível de números, qualidade daquilo que li e sobretudo, desafios mais específicos a que me propus. A coisa correu bem e mal ao mesmo tempo e sim isto é possível. Li muito no ano que passou. Muito mais do que aquilo que julgava ser capaz de ler. No ano anterior, ou seja 2014, queria ter lido 50 livros e estive quase lá. No ano passado, estabeleci a mesma meta... e ultrapassei-a. Li um total de 57 livros, o que sejamos realistas, é óptimo. Tomara que todos os portugueses lessem pelo menos 30 livros por ano. Mas não faz mal porque nós livrólicos compensamos estes números todos. Compensamos por aqueles que não lêem e por aqueles que não compram. No entanto, não andaremos nós a compensar demais? Eu sei que ando; e sabem como é que sei isso? Quando percorro a minha estante e encontro livros cujo interesse por eles se desvaneceu...foi-se...capuft. Livros caros (porque os livros são muito caros) e que já não quero ler. Ainda hoje estive a percorrer a minha wishlist e a apagar livros que por lá tinha, especialmente de séries.
No inicio deste ano, quando comecei com estas crises sobre gastar dinheiro inutilmente em livros (e acreditem em mim quando vos digo que mais para a frente vão entender o porquê desta crise) decidi fazer uma lista com todos os livros que tinha comprado ao longo do ano anterior. Comprados, atenção, porque nesta lista não constam os livros recebidos de parcerias, caso contrário a coisa seria ainda mais catastrófica. Portanto sem mais demoras, passo a apresentar-vos "A Lista de todos os livros comprados no ano anterior e que estão na estante a ganhar pó, porque possivelmente ainda não li nenhum". 

A Princesa Guerreira 
As instruções da Pitonissa
Diário de uma obsessão
A fada do lar
Sangue oculto
A sociedade literária da tarte de casca de batata
Third grave death ahead
Dias de sangue e glória
Sozinhos na ilha
A linguagem secreta das flores
 Dom Quixote de la mancha
À espera no centeio
O livro das coisas perdidas
O jardim secreto
O primo Basílio
Mensagem
Amor de perdição
O pai Goriot
Os Maias
Contos escolhidos
1984
Kafka à beira mar
Do céu com amor
A rapariga dos olhos azuis
O quinto dia
A música do silêncio
Os anjos morrem das nossas feridas
O indesejado
Memórias de um mestre falsário
A rapariga no comboio
Zoo
um dó li tá
A metamorfose
Crime e castigo
A caixa em forma de coração
Para onde vão os guarda chuvas
Sangue mortífero
Laços de sangue
Presa e predador
Emma
Encontras-me no fim do mundo
Hatchi e Little b
O bicho da seda
Eu dou-te o sol
A única desistência do ano... detestei 
Segredos obscuros
Os muitos nomes do amor
A estirpe
Harry Potter and the chamber of secrets
White Witch black curse
Uma rapariga dos anos 20
Sonhos de deuses e monstros
Estamos todos completamente fora de nós
Alvorada vermelha
Estação onze
Perguntem a sarah gross
Os caçadores de livros
Fusão
Em busca do livro da vida
O inverno de sombras
De amor e sangue
A christmas carol
Um desejo por uma estrela
Endgame - a chave do céu
Valete de copas , dama de espadas
O Principezinho 
Terceira campa em frente
Temos de falar sobre o kevin
Pale demon
Black magic sanction
A prenda de natal
Espero por ti este inverno
Cloe
Sr. Norrel


(a minha contabilista pessoal, a Dona Pantufa)

Estão a ver ... certo? Comprei o total de 73 livros. Destes 73 livros li 8 (sendo que um deles já foi este ano). Houve 1 desistência... e todos os outros ficaram por ler. Portanto já estão a ver como é que a coisa funciona comigo. Compro muitos livros que estou sempre muito ansiosa por ler, mas que raramente passam à frente de livros mais velhos na estante. Li 57 livros e foram praticamente todos comprados no ano de 2013 e 2014. Basicamente a conclusão a que se chega (para além da óbvia que diz que eu tenho um problema) é que tudo aquilo que eu comprar agora, só irei ler daqui a 1 ano ou mais... e isto é triste. Mas a coisa torna-se ainda mais triste se começarmos a fazer contas aos livros e por isso, é melhor nem irmos por aí... mas vá supondo que cada livro foi 10 euros... já calcularam??? ME DO

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Diz-me quem sou - Opinião

Opinião: Estamos aqui e o mês de Fevereiro termina com a minha contagem de livros lidos reduzida a 3 exemplares. Yup... só li 3 livros este ano (acho que já tinha referido isso num post por aqui). 3 livros lidos sendo que 2 foram livros de Sophie Kinsella, o que revela muito acerca da minha disposição para ler ultimamente. Quanto mais leve melhor e quanto mais simples, maiores são as probabilidades de eu lhe pegar. Por este mesmo motivo e, isto pode parecer contraditório, tive algum receio de ler mais um livro da autora tendo passado tão pouco tempo desde a leitura do anterior. Mas não foi só o factor temporal que me causou algum receio; também a sinopse do livro me deixou ligeiramente de pé atrás. Muito basicamente porque a entendi toda mal, mas já lá vamos.
Este livro conta-nos a história de Lexi Smart cuja vida sofre uma reviravolta enorme após uma saída à noite com as suas amigas (ou assim julga ela). Acorda numa cama de hospital sem fazer a mínima ideia de como lá foi parar e sem compreender porque raio está tão diferente fisicamente. Pior que isto tudo é constatar que está casada com um homem que não se lembra sequer de conhecer de vista. Já estão a perceber mais ou menos o porquê dos meus receios com este livro? É que assim que eu li esta sinopse pensei imediatamente no livro Do Céu com Amor, também publicado pela Quinta Essência e cuja premissa é bastante semelhante. Claro que basta continuar a ler o livro para perceber que não houve trocas de corpo sobrenaturais e que a personagem se mantém a mesma do começo ao fim. No entanto, quase que preferia que tivesse sido o contrário e passo a explicar. Durante todo o livro acompanhamos a Lexi nesta sua tentativa de descobrir quem é e no que raio se tornou a sua vida. Basicamente ela acorda apenas para descobrir que não é a mesma pessoa do passado, que se transformou no tipo de pessoa que sempre odiou e não consegue perceber como é que isso aconteceu. O final do livro acaba por ser meio inconclusivo (pelo menos eu senti-o dessa forma) assim como o romance em torno das personagens; no fundo acabou por não me convencer. Acho que se pode dizer que eu precisava de uma conclusão diferente.
Não obstante os meus problemas pessoais com o término da história, Kinsella é sempre Kinsella e eu começo a sentir que me repito nas opiniões dos seus livros. Não li ainda uma única personagem criada por ela, pela qual não tenha sentido empatia ou que não me tenha feito rir. Ela cria personagens que sabe que vão agradar a todo o mundo o que faz com que, todos os pequeninos defeitos que a história possa ter, acabem por passar um bocado ao lado.
Em suma, gostei bastante do livro, acabei por lhe dar 4 estrelas no Goodreads e apesar de não ser o meu livro preferido da autora, continua a ser ela quem neste momento me consegue prender a uma leitura. 


Sinopse: E se acordasses e a tua vida fosse perfeita?


E se um dia abrir os olhos e, de repente, a sua vida for perfeita? Por incrível que pareça, esse sonho tornou-se realmente realidade para Lexi Smart. Tinha um emprego mal pago, dentes tortos e uma vida amorosa horrível quando, uma manhã, acorda numa cama de hospital e descobre que a sua esplêndida dentadura deslumbra como um anúncio de pasta de dentes, as suas unhas têm uma excelente manicura, e as suas roupas e acessórios são os de uma mulher muito rica. E como se isso não bastasse, está casada… com um desconhecido!!! Superada a grande surpresa, Lexi pretende aproveitar o seu novo eu, com o qual poderá comprovar em primeira mão as vantagens e desvantagens que podem resultar de uma inesperada vida perfeita

O Aprendiz de Gutenberg - Divulgação


Podemos por favor tirar 10 segundos para apreciar esta beleza de capa???

Tá? É linda ou é linda??? Quero ler, quero ter, preciso dele!
Sinopse: Um romance extraordinário que retrata a vida no século XV e as mudanças que transformariam para sempre a Europa. 


Peter Schoeffer é um jovem ambicioso à beira de alcançar o sucesso como escriba em Paris quando o seu pai adotivo, o rico mercador Johann Fust, o convoca à cidade de Mainz para conhecer um homem extraordinário.
Gutenberg, inventor de profissão, criou um método revolucionário – há quem diga blasfemo – de produção de livros: uma máquina a que chama de prensa. Fust está a financiar a oficina de Gutenberg e ordena a Peter que se torne o seu aprendiz. Ressentido por ser forçado a abandonar uma carreira tão prestigiante como escriba, Peter inicia a sua aprendizagem na “arte mais negra”.
À medida que as suas habilidades crescem, assim cresce também a admiração por Gutenberg e a dedicação a um projeto ousado: a impressão de cópias da Bíblia Sagrada.
Mas quando forças externas se alinham contra eles, Peter vê-se num dilema entre os velhos costumes e as novas criações que ameaçam transformar o mundo. Conseguirá ele encontrar uma forma de superar os obstáculos numa batalha que poderá mudar a História?

Só eu é que estou em pulgas? 
Está disponível a partir de dia 4 de Março! 

E quando eu digo que não vou comprar mais livros...

...fico de baixa uma semana inteira e sinto um desejo repentino por... livros. Logo agora que eu me andava a gabar que não precisava de mais livros, que tenho muitos por ler, que o foco é outro neste momento...pumbas; acordo, sento-me ao pc (porque o que raio posso fazer de mais útil estando em casa) e começo a pesquisar livros, só assim a título de curiosidade.
E é então que acontece. A pessoa começa a abrir vários sites de compra e a comparar preços e a aproveitar todos os códigos de desconto possíveis e imaginários que há no mundo, ou neste caso, nas nossas contas cliente. Verifica-se também, pelo sim pelo não, as páginas de vendas de livros no facebook, não vá encontrar-se por lá uma super pechincha. E pronto... o resto da história já sabem como é que acaba. Comprei 3 livros novos e ganhei outro de oferta. Estão a caminho de casa os seguintes amores: 

O Filho Dourado; o segundo livro numa trilogia de ficção cientifica e cujo autor é de babar. Todas sabem do que falo certo? Letras Escarlates e Bando de Corvos, os dois primeiros livros naquilo que não faço ideia se é uma série ou trilogia... mas são de fantasia urbana e como nunca li nada da autora, pareceram-me bons para começar. Portanto vejamos... 3 livros dos meus géneros preferidos, todos eles com desconto acima dos descontos que já tinham porque eu tinha dinheiro acumulado. Fiz bem não fiz? Sei que sim, digam-me que sim, caso contrário vou ser consumida pela culpa! Ah e de oferta escolhi o 12º livro na saga Sangue Fresco. Assim já só me fica a faltar um para completar a colecção. Vou ter de começar a bater na minha boquinha de cada vez que disser que não vou comprar mais livros... sou uma mentirosa que passa o tempo a tentar enganar-se... também já disse que este ano não ia comprar nada na feira do livro e, no entanto, já estou a pensar na hora H. Portanto... matem-me já e acabem de uma vez por todas com esta dor! 



domingo, 14 de fevereiro de 2016

O Dia dos Namorados perfeito

É aquela altura do ano outra vez... nop não é Natal (ainda) mas para algumas pessoas é próximo disso. Aquela altura pós Natal em que todo o livrólico que se preze roga à sua cara metade que lhe ofereça livros. Até aqui o chefe Joy, o gatinho da TopSeller, o recomenda!
Mas aqui a Je, livrólica de corpo e alma, teve o dia dos namorados perfeito e por isso tive de vir aqui partilhar com vocês! Então... não sei exactamente em que zona do país se encontram, mas caso não tenham ainda reparado, o tempo hoje está uma perfeita bosta! Tal qual como eu adoro, tirando a parte das cheias claro. Chove sem parar há mais de 3 dias... o vento sopra (soprar é ser simpática, parece que o vento está com uma crise qualquer de tosse em que não para de mandar rajadas cá para fora)...e portanto o tempo perfeito para não fazer nada; o que foi exactamente aquilo que eu e o meu namorido fizemos. Nada. Passámos o dia embrulhados em mantas no sofá, a ver filmes, a ler, a comer... e a ouvir a chuva lá fora. Ok, a verdade é que também estou meio doente, mas mesmo que estivesse bem, nada nem ninguém me conseguiria convencer a sair de casa no dia de hoje e só de pensar que amanhã o tempo vai estar igual só me apetece chorar! Aliás, minto... tive de sair de casa de manhã, porque a minha bata de trabalho, que deixei estendida durante a noite, decidiu voar em direcção ao parque infantil e, lá tive eu de despir o pijama quente e sair para a rua debaixo de um vento e chuva horríveis...
Mas voltando ao dia dos namorados perfeito. Sei que querem desesperadamente saber que livro é que recebi este ano de prenda. A resposta é nenhum. Este ano não quis receber livros, não os pedinchei e nem sequer os cobicei. O chefe Joy vai ficar muito desiludido comigo, mas não preciso realmente de mais livros meu querido gatinho. Não preciso realmente de nada físico que me relembre que o meu namorido me ama (oh deus isto tá a ficar piroso). Por isso este ano, tanto eu como ele, dispensámos as prendas. Para o almoço fiz uma das comidas que ele mais gosta e que eu não consegui comer (tem sido uma constante) ... para o lanche fiz um bolo de côco e iogurte delicioso; os gatos comeram espinafres e também estão felizes. Acabei de tomar aquele banho relaxante de final de dia, vestir um pijama lavado e retomar ao meu buraco no sofá. Perfect.
Como foi o vosso dia dos namorados? O meu foi perfeito e definitivamente à nossa medida. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Uma praça em Antuérpia - Opinião

Opinião: Comecemos a coisa da seguinte forma... nunca, NUNCA um final de um livro me fez chorar tanto! E se calhar termino já a opinião por aqui, obrigada por terem vindo e até à próxima.

Vá agora a sério; não estou a exagerar. Nunca um livro me fez chorar tanto quanto este e devo confessar que ia com algumas reservas para a sua leitura, porque quando ele me foi enviado, a menina da editora disse-me que tinha a certeza que eu o ia adorar. Quando me dizem isto sinto um misto de emoções: ao mesmo tempo que me acelera o coração e as expectativas sobem, eu obrigo-me a acalmar e a olhar o livro com um certo ar de desdém... de superioridade... olho e falo com ele enquanto lhe digo : "tst tst... tu não podes ser assim tãooo bom... quem julgas tu que és... coisa azul com letras... um borrifo de água e morres!".
Yup eu faço isto (não julguem que ando sensível). Portanto eu não sabia bem o que esperar, até porque o comecei a ler com a Cata, que o estava a adorar e que, subitamente foi perdendo a pica toda com o livro. Mas bora lá... sobre esta história...é-nos contada sob o ponto de vista da Clarice e logo nas primeiras páginas levamos com uma revelação bombástica que vai guiar toda a história. Ficamos a conhecer duas irmãs gémeas e o seu começo de vida muito resumido logo no inicio. Quando ambas vêm viver para Lisboa as suas vidas mudam radicalmente e  livro começa a adquirir um novo ritmo. Acompanhamos a vida de Clarice, casada com um judeu comunista e a fuga da família que construíram pela europa nazi. Mas seguimos também Olívia, que fica em portugal e que ansiosamente tenta saber noticias da sua irmã e ajudar de alguma forma ao processo de fuga. E o livro consiste basicamente nisto. Logo no começo, como já referi, é-nos dada uma informação crucial sobre a história e passamos o livro todo a tentar perceber o que é que aconteceu a estas duas irmãs e é de morrer.
Como a própria sinopse refere, Clarice consegue chegar à fronteira portuguesa com a sua família e quando isto acontece, sentimos que tudo vai acabar bem, que este vai ser um daqueles livros com final óbvio e feliz... mas porra... tudo muda numa questão de páginas e o nosso coração vai ficando partido e cheio de dúvidas: porquê e como é que isto aconteceu? Ou melhor ainda... o que raio aconteceu?? Regressamos ao presente e à Clarice dos dias de hoje que toma uma decisão que vai mudar tudo e meter um ponto final na sua história... mas que no fundo vai ser apenas um começo. Aquela ultima página do livro, aquele ultimo paragrafo matou-me. Chorei tanto... desalmadamente, como nunca antes me tinha acontecido com livro nenhum. Chorei, reli e chorei mais um bocado... levantei-me do sofá e fui a correr para o quarto acordar o meu marido só para lhe contar como o livro tinha terminado. Importa referir que é daqueles finais que poderá não agradar a toda a gente como aliás tenho visto em algumas opiniões pelo Goodreads, mas quanto a mim, posso garantidamente dizer que este livro tem o tipo de final que é a minha cara. Super super recomendo a toda a gente que goste do tema que o livro aborda, mas também de finais emotivos! Preparem uma caixinha de lenços que vão definitivamente precisar. 



Sinopse: 
Há uma saga que ainda não foi contada sobre a Segunda Guerra Mundial: a história de duas irmãs portuguesas, Olívia e Clarice. Olívia casa-se com um português e vai para o Brasil. Clarice casa-se com um alemão judeu e vai morar em Antuérpia, na Bélgica. Ambas vivem felizes, com maridos e filhos, até que a guerra começa e a Bélgica é invadida.

Para escapar da sombra nazi que vai devorando a Europa, a família de Clarice conta com a ajuda de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul que salvou milhares de vidas emitindo vistos para Portugal, em 1940, enquanto atuou em Bordéus, França. A família recebe o visto mas, ao chegar à fronteira de Portugal, um destino trágico a espera... Destino que vai mudar e marcar a vida das irmãs para sempre, por causa de um segredo que só será revelado sessenta anos depois.

«Uma história universal, de grandes amores, fatais desamores e intensa fraternidade em tempos de guerra. Arrebatador.»
Carolina Floare em Sidney Rezende