terça-feira, 30 de junho de 2015

TBR Jar - Actualização e estado de catástrofe !


Está na hora está na hora, lalalalalla, está na hora de actualizar, lalalalallala, salta salta corre corre, lalalalala, lendo lendo sem parar, ilarilarilarie ohohoh...



...pronto é do calor só pode! Lembram-se desta canção?
Hoje é dia de acertar o passo aos 300 desafios a que me propus! Não que a coisa esteja a caminhar na direcção certa, pelo contrário. Pensava que isto de ser eu a escolher os livros, e de tentar facilitar os desafios ia ser uma coisa boa, e olha, está a revelar-se a mesma caca do costume! Eu não quero ler! Pronto! Mas vamos lá ver como a coisa anda e no fim chegamos a conclusões (ou não!)
O desafio que vos venho actualizar é o da TBR. Que está mal mas muito mal!




1 - Ler um livro que se passe num país que queiras visitar - Janeiro * Cumprido * Livro: Eu sou a Lenda (E.U.A)

2- Ler um livro que tenha adaptação cinematográfica e ver o filme - Fevereiro * Cumprido * Livro - Divergente

3 - Acabar uma série - Março * A Decorrer * Saga: Casa da Noite

4 - Ler uma recomendação da Jojo - Abril *  - A Decorrer * Livro escolhido: Anjo Mecânico

5- Ler um livro de um autor português - Junho * Cumprido * Autor: Nuno Nepomuceno

6 - Ler um policial ou Thriller
7 - Ler uma recomendação da Cata
8- Descobrir um novo autor ou autora
9 - Ler um livro em inglês
10 - Ler um lançamento de 2015
11 - Ler um livro que tenha ganho um prémio 
12 - Ler um livro de um dos teus autores/ras preferidos
13 - Ler um livro com uma capa verde
14 - Ler um livro com um animal na capa
15- Ler um clássico
16- Ler um livro com mais de 500 pg.
17 - Ler um livro com menos de 100 páginas
18 - Ler um livro que tenha sido escrito no ano em que nasceste
19 - Ler um livro publicado pela ASA
20 - Ler um livro protagonizado por seres sobrenaturais. 
21 - Ler um livro recomendado pela Vera
22 - Ler um livro recomendado pela Carla


Portanto estamos mal... verdade... é importante realçar que, na realidade eu já cumpri mais desafios destes. Já li clássicos por exemplo, já li novos autores... por aí... mas estes são os desafios da Jar e eu não queria estar a misturar coisas. Pão pão, queijo queijo. Cada desafio seu livro. Sim sou verdinha nestas coisas mas o que querem? Batota é coisa que não me assiste! E é assim que anda o desafio da Jar. Acho que vou já tirar papelinho para o mês de Julho e com sorte calha alguma coisa relacionada com os livros que já estou a ler! Caso contrário... damn it! 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Espia do Oriente - Opinião

Opinião: Hoje trago-vos a opinião de um dos últimos livros lidos por mim. Digo isto porque estou com uma mega ressaca literária e não me apetece ler nada. Já todos passámos por elas e sabemos bem como são. É esperar e ir pegando em vários livros, de modo a ver se algum me cativa.
Bom, A Espia do Oriente. Após o fantástico lançamento do livro, e depois de ter tido a minha curiosidade mega aguçada pela opinião da Vera Brandão, não consegui aguentar mais. Peguei no livro assim que pude e foi complicado parar de ler. Ainda assim, demorei muito mais tempo do que o esperado. Culpa da malfadada Feira do Livro de Lisboa, que me impediu de apreciar fosse o que fosse, inclusive livros. 
Por esse motivo posso desde já adiantar, que sinto que não apreciei a leitura como devia. Devido à interrupção que tive de fazer e sobretudo ao cansaço físico.
A Espia do Oriente trata-se do 2º livro na trilogia Freelancer. Se bem se recordam li há pouco tempo o primeiro volume O Espião Português e na altura fiz um novo namorado literário, o André Marques Smith. A situação mudou um bocadinho de figura com a leitura deste segundo volume, mas já lá vamos. Sabia de ante mão que este livro se iria debruçar mais sobre outra personagem: a nossa querida China Girl. Nesse sentido, sabia que não ia ler tanto do André o que me assustou inicialmente e recordo-me até de ter comentado com a Vera, que sentia falta do mesmo na história e que estava farta da China Girl. Pois bem... enganei-me. A chinoca é a minha nova personagem preferida! 

Em comum com o livro anterior, este volume está carregado de acção, suspense e pequenas doses de humor, que aligeiram o ambiente nos momentos certos. No entanto há uma diferença brutal relativamente ao primeiro livro, e nem tem a ver com o facto de o destaque ser dado a uma personagem diferente. Este livro é marcado por uma evolução enorme, em todos os aspectos, por parte do autor. Desde a escrita, ao desenvolvimento da trama e ao encadear dos acontecimentos, este livro é pautado por um crescimento na qualidade ,absolutamente brutais. Houve amadurecimento, houve atenção às criticas e houve sobretudo um cuidado muito grande com a qualidade da história apresentada. Por estes motivos, o Nuno está de parabéns. 
Não é qualquer escritor que tem a capacidade de nos prender, de nos fazer agarrar às paginas, como se mais nada à nossa volta importasse. O Nuno faz isto com uma simplicidade tal, que se torna difícil explicar. Ler os seus livros é como estar dentro de um filme ou série televisiva e este, é um dos melhores elogios que posso fazer ao escritor!
Agora em jeitinho de conclusão, dois pontos que quero abordar. Primeiro, tenho lido por aí várias bloggers que consideram que este livro se pode ler em separado do outro, ou seja, sem seguir a sua ordem original. Não o aconselharia a ninguém. Arriscar perder pitada desta história, só porque se pode fazer? Seria muito tolo =)
Segundo... o final do livro... ohhh o final!!! Que final!!! Adorei!!! Considerei que foi o final perfeito e que não poderia ser de outra forma. Afinal de contas ainda vem por aí continuação, certo? E eu tenho um pressentimento que me diz, que muita tinta ainda vai rolar até que as coisas acabem como desejamos.
Por estes motivos e muitos mais, façam o favor de ler Nuno Nepomuceno...dêem uma oportunidade ao policial português, que não se vão arrepender!



Sinopse: Dubai, Emirados Árabes Unidos.


De férias na região, um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projecto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem.

Contudo, de regresso à Europa, uma das suas operacionais resolve trair o sindicato do crime e oferece-se para trabalhar como agente dupla ao serviço da inteligência britânica. O mistério adensa-se quando esta mulher, de nome de código China Girl, impõe como única condição colaborar com André Marques-Smith, o director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e espião ocasional.

Obrigados a trabalhar juntos para evitarem um atentado a uma importante líder europeia, uma atmosfera tensa, de suspeição e desconfiança, instala-se de imediato entre os dois. Mas que segredos esconderá esta mulher, cujo próprio nome é uma incógnita? Serão as suas intenções autênticas? Será o espião português capaz de resistir à sua invulgar e exótica beleza?

Vencedor do Prémio Literário Note! 2012, Nuno Nepomuceno regressa com A Espia do Oriente, o segundo livro da série Freelancer. Por entre os cenários reais de Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, o autor transporta-nos para um mundo de mentiras, complexas relações interpessoais, e reviravoltas imprevisíveis. Uma reflexão profunda sobre os valores tradicionais portugueses, contraposta com a sua já habitual narrativa intimista e sofisticada, e que vai muito além do tradicional romance de espionagem. 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O Jardim Secreto - Opinião

Opinião: Terminei a leitura do Jardim Secreto já há algum tempinho, mas confesso que precisei de reflectir um bocado sobre aquilo que li. Especialmente, e talvez unicamente, porque esta história foi durante muito tempo, uma das minhas histórias preferidas de todos os tempos. Mais concretamente a história contada no filme, e não tanto o original do livro.
O Jardim Secreto, livro, acabou por se revelar uma pequena desilusão. Apesar de ter gostado (não há como não gostar minimamente desta história) foram vários os aspectos que me desagradaram.
O livro conta-nos a história de Mary, uma menina que fica orfã e que tem de ir viver para casa do tio em Inglaterra. Uma casa sombria, com muitas portas fechadas, regras e secretismo, que apenas vão servir para atiçar a curiosidade da pequena Mary. No meio de tantos segredos, e entregue a si mesma, ela acaba por descobrir um jardim secreto, fechado para todos. Escusado será dizer, que a pequena Mary encontra o seu caminho para dentro do jardim e com a ajuda de Dickon, vai acordar este espaço adormecido. É apenas isto que a sinopse nos dá e eu, não irei desvendar mais, caso contrário entramos no campo dos spoilers e eu não quero que se zanguem comigo =)
Qual foi o problema aqui. O problema foi que, durante anos eu vi, repetidas vezes, o filme baseado neste livro (a versão de 1993). O problema foi constatar que livro e filme não têm nada a ver, e pior, perceber que o filme é infinitamente melhor do que o livro. O problema foi estar constantemente a comparar as personagens, as acções, os destaques e os desenvolvimentos.
No livro acompanhamos a Mary, é verdade. Mas rapidamente a história deixa de ser sobre a pequena, para passar a ser sobre outros intervenientes... o destaque na Mary perde-se e passa quase na totalidade para outra criança. O livro transforma-se numa espécie de livro de auto-ajuda com uma mensagem muito forte no sentido de sermos capazes de atingir algo, se tentarmos, se se se... não gostei e não consigo compreender como raio é que este livro se tornou num clássico.
No filme temos um problema de partida. Um homem que não sabe sorrir e uma menina que não consegue chorar. O filme é a evolução da Mary e também daqueles que a rodeiam e o final é para ela e para o tio. No livro pronto... as coisas acabam simplesmente enquanto que no filme, o problema de partida fica resolvido. O tio da Mary re-aprende a sorrir, e a Mary, aprende a chorar. Acaba bem para todos e faz muito mais sentido. Foram estes os motivos que me levaram a sentir que o livro O Jardim Secreto, foi uma pequena desilusão.
Neste momento encontro-me a ler A Little Princess, da mesma autora. Estou a gostar muito mais, no entanto, o inglês não é o mais fácil de ler, e o facto de a história em si ser meio ultrapassada, não me cativa muito... vamos ver como a coisa se desenrola.
Entretanto, caso tenham oportunidade vejam o filme. Têm 3 versões à escolha. Filmes de 87, 93 e 2001 penso eu. Apenas conheço o de 93 e posso garantir-vos que é muito bom! Fica o Trailer.


Sinopse: Mary Lennox, criança solitária e indesejada, chega da Índia para viver com o tio em Yorkshire. Entregue a si própria, pouco tem com que se entreter e começa a explorar a casa enorme e sombria, até que numa bonita manhã de sol se depara com um jardim secreto que muros cobertos de hera ocultavam. Pela primeira vez na sua breve e triste vida, Mary descobre uma coisa que merece a sua afeição e empenha-se em devolver o jardim à sua antiga glória. Quando o jardim começa a florir e a transformar-se como por magia, ninguém permanece indiferente.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Kids R Us - O Projecto e os Planos de Leitura

Venho quase com 20 dias de atraso, divulgar o novo projecto conjunto, entre as meninas do costume, o Kids R Us. Junho é o mês das crianças e como tal, lembrámo-nos de dedicar o nosso tempo a leituras mais juvenis, como forma, não só, de abater as nossas tbr's, mas também de desanuviar e descobrir a criança que há em nós =) ou algo assim.


Este projecto conta com a participação, da Catarina, do blog e canal Páginas Encadernadas, e da Jojo, do blog e canal, Os Devaneios da Jojo. Não deixem de acompanhar. Já todas publicamos pelo menos 2 vídeos nos canais, e só eu é que ainda não escrevi nada sobre o assunto aqui no face. Mas já concluí duas das leituras a que me tinha proposto =) hurray!!
Assim, aproveito para partilhar o meu video de plano para o projecto. Estas são as leituras que penso ler. Alguma sugestão? =)




quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mil Folhas de tudo e nada #3 | A Feira do Livro de Lisboa

Heis o momento porque todos esperavam... o dia em que me vou desbroncar toda sobre os podres de trabalhar na feira do livro de Lisboa. Uahahahahahah
Vá... menos muito menos. Até parece que há assim tanto podre para contar cof cof, mas já lá vamos.
Como sabem, este ano fui trabalhar na Feira do Livro e ohhh boy tenho muito que vos contar sobre esta experiência. Graças a uma amiga, fui contactada pela Civilização Editora para fazer Horas do Conto na Feira. Não estava à espera. Mesmo. E na altura confesso que fiquei até assustada. Especialmente no dia em que recebi cá em casa uma caixa com cerca de 19 livros infantis para estudar e escolher. Na minha cabeça instalou-se o pânico. Ainda que toda a gente me dissesse para eu não stressar, que tudo iria correr bem, eu, por qualquer motivo inexplicável, pensava que iria ser o caos na terra (ou na feira).

Não foi, mas por vezes andou lá perto. Mais uma vez, já lá vamos.
No seguimento do convite para contar histórias na feira, surgiu o convite para trabalhar mesmo no próprio stand da editora, que eu aceitei quase sem hesitar. Afinal de contas é o sonho de qualquer leitor poder trabalhar numa livraria, ou mesmo na feira. Sempre rodeado de livros, sempre perto deles... livros livros livros. Pois lamento destruir os vossos sonhos, mas trabalhar na feira, não é o mar de rosas que todos pensamos.
Quando a feira abre e lá chegam, já têm tudo arrumadinho no sitio prontinho a comprar. Mas quem será que arrumou, etiquetou e organizou tudo para o cliente? Sim... nós. No dia anterior à abertura da feira, bem cedo de manhã, eu e mais uns 500 trabalhadores já andávamos pela feira a trabalhar. Cada um para as suas editoras, que não há cá misturas. Não fui para lá a pensar que ia ser pêra doce. Mas nunca pensei que fosse tão mas tão puxado quanto foi. Foram 7 paletes inteiras com caixas cheias de livros que tivemos de descarregar, conferir, organizar e arrumar nas estantes. Acham fácil? Experimentem ir à vossa estante e fiquem o dia inteiro a tirar os livros do sitio, e a arrumá-los de novo. Repitam. Já sentem as dores? Não? Então experimentem fazer isso com as enciclopédias pesadas das vossas mães. Já estão a sentir?
Foi um dia inteiro naquilo... toda eu era pó, sujidade e cansaço. Cheguei a casa completamente podre! E quem é que diz que no dia seguinte eu me mexia?? As dores no corpo eram tantas mas tantas, que nem vos sei explicar. Especialmente nos braços e nas mãos. Nunca tive dores nos pulsos na minha vida... aliás, eu desconhecia a existência de alguns tendões e músculos no meu corpo. Depois desta feira conheço-me como ninguém.

No final do terceiro dia chorei. A sério... e não tenho vergonha de admitir. Cheguei ao metro e assim que sentei o rabo na cadeira, chorei chorei chorei... tinha tantas dores nos pés e nas pernas. Nunca tinha sentido algo assim. Ainda hoje, passados 2 dias do término da feira, sinto choques num dos pés. Acho que nunca mais vou tornar a ser a mesma.
Ao quarto dia caiu-me um anjo livrólico do céu. A Livrólica Sofia. Trabalhar com quem gosta de livros, os adora e conhece é outra coisa. Sim, faltou referir que no stand estava a trabalhar com dois meninos que percebiam muito pouco, ou mesmo nada de livros. A Sofia foi uma lufada de ar fresco, e a feira não teria sido possível de realizar sem ela. Ou reformulando... eu não teria aguentado se ela não estivesse lá. Foram mais de 8 horas em pé, todos os dias da feira, com pausa apenas para almoçar. Sim, fui fazer xixi sempre que quis... mas se me podia sentar no stand? Podia. Mas e cadeira para o fazer? Não há... portanto. Sempre em pé. Isto acabou por arruinar a minha disposição ao longo da feira. Comecei muito bem e muito bem disposta, cheia de energia apesar das dores. Com o passar dos dias, já me era fisicamente extenuante sorrir para os clientes. O que condicionou a forma como reagi às tantas pessoas que me foram cumprimentar ao stand. E aqui vem o mega pedido de desculpas.
Vocês desse lado foram fantásticos. Perdi a conta à quantidade de pessoas que me reconheceu dos vídeos, do blog, do facebook... à quantidade de elogios, fotos e carinho que recebi. Vocês encheram-me o coração, a sério que sim. Sei que não fiz a festa que alguns podiam estar à espera. Se calhar até ficaram a pensar que eu sou mega antipática. Mas estava tão cansada =(

Tive a oportunidade de estar mais uma vez com a minha querida Jojo, de conhecer a Tânia, do blog Rua de Papel, a Elsa, de rever caras amigas e conhecer tantas outras como a Filipa, Joana, Sofia, Carla, Vera, Tanocas, Luisa, Teresa, Odete, André, Pedro, Jessy, Daniela, Filipa, Andreia, Tita, Milú, Nuno.. enfim... tantos. Gostei particularmente das pessoas que lá chegavam e diziam: olá Neuza.
E eu ficava com uma mega cara de vergonha!!! Ou então a menina, que em frente a outros clientes disse que gostava muito do meu blog! Aiii fiquei um tomate! Acreditem que os vossos elogios me deram motivação extra para me esmerar cada vez mais por estes lados! Dei-me conta pela primeira vez, que tenho fãs LOOOL cof cof. Sim pode parecer super prepotente dizer isto, mas percebi que há muita gente que gosta de mim e das minhas baboseiras! Obrigada a todos e mais uma vez desculpem se a energia não foi a mais positiva deste lado, mas é tão difícil sorrir quando os pés estão a desfazer-se lentamente em caca!
Continuando o relato, se me perguntarem se no geral eu gostei de trabalhar na feira... no geral sim, no especifico não. E não porquê? Não tenho o mínimo jeito para o atendimento ao público. Especialmente para lidar com pessoas mal educadas... essas então. Já me estão a ver não é, com este narizinho mega empinado a sorrir e acenar àqueles clientes parvos que querem ter sempre razão. E olhem que foram muitos. Desde aqueles clientes que acham que na feira temos de ter todos os livros alguma vez publicados pela editora, aos que procuram livros que são de outras editoras, mas estão estupidamente convencidos que os mesmos são nossos (e nem com explicação aceitam esse facto). Acabando naqueles que só no final da venda estar feita pedem factura com contribuinte -_- o que implicava fazer a devolução do livro e o caraças!!! Ahh estava a esquecer-me do melhor. Houve um cliente, bastante conhecido do mundo da televisão, um jornalista vá, que de X's em X's dias aparecia lá sempre com o mesmo esquema. Comprava um livro. Lia, trocava por outro. Eu mereço?
E aqueles clientes que acham que nós conhecemos o catálogo da editora de lés a lés? Mentalizem-se de uma coisa... há pessoas a trabalhar na feira que não gostam de ler ou melhor ainda, que não trabalham para as editoras e por isso, nem sempre são de grande ajuda. Pronto já disse.
Se você que está a ler isto foi atendido por mim e tem alguma reclamação a fazer, utilize a secção de comentários neste post e força nisso.
À pouco falei em xixi... mas já vos falei do estado das casas de banho? É verdade que tive a sorte de ter o stand mega perto da casinha mas xiça. Houve dias em que só o acto de entrar na casa de banho fazia estremecer todos os sensores do meu corpo, tal era a sujidade e o cheiro dentro da mesma. Nhaca! Não deve ser fácil manter aquilo sempre limpinho mas irra... ninguém merece. E o pior ainda está por contar. Não sei se viram (não devem ter visto porque foi num grupo no facebook) mas partilhei antes da feira uma foto da minha lista de compras para o evento. Dela constava apenas uma coisa. Farturas. Andei dias com desejos e vontade de comer uma fartura mega quente e cheia de açúcar. E assim fiz. Comi duas de seguida e outra quando cheguei a casa. Olhem... deu-me uma volta de tal forma à barriga que eu nem sei LOOOL agora imaginem fazer a feira neste estado com aquelas casas de banho e os pés num estado de semelhante dor!
Falando em dores, porque não somos só nós, seres humanos que as sentimos, também os livros passam um mau bocado na feira. Eles sofrem para caraças durante estes dias. Aliás, arrisco-me a dizer... os livros sofrem no geral. Os livros de feira são sujos. Eles vêm nas caixas que estão sujas de pó, eles caem das prateleiras constantemente, eles viajam o país de lés a lés e as pessoas nem têm noção daquilo pelo que passam. E quem é que paga a fava no final? Nós que estamos a atender o cliente que procura o livro perfeito acabado de sair da loja. E eu entendo perfeitamente, atenção que não estou a criticar, eu sou igual. Mas por favor pensem nisso da próxima vez que obrigarem o empregado a tirar 8 exemplares para vocês escolherem o mais perfeito de todos sim... não é culpa nossa.

Ouvi dizer que o dia 10 foi o caos! Foi feriado e o dia do casamento do meu pai. Claro que não fui para a feira. Aquele dia de "descanso", que nunca é de descanso porque se trata de um casamento, ajudou muito. Pude estar sentada grande parte do dia o que ajudou a aguentar os próximos. Mas o que se seguiu foi quase tão mau quanto as dores nos pés. Depois do dia 10, se bem se recordam, a chuva e o frio voltaram. Portanto, depois de dias a trabalhar debaixo de 30 graus, heis que chegam os 18 graus molhados para alegrar a coisa. Claro está que aqui a je apanhou uma constipação de caixão à cova, com direito a febre, tosse, dores de garganta e voz off. O que acabou por coincidir com a visita das livrólicas do Norte à feira. No passado dia 13 houve uma enchente de gente doida na feira. As leitoras do norte =) são fantásticas! Adorei conhecer todas ainda que doente! Não sei se foi a vossa energia, mas do dia 13 para a frente tudo correu melhor... vá... foram só dois dias. Mas vamos falar do dia 13 um cadinho. Desde que a feira começou que eu não vinha à net e nem o meu email eu consultava, o que fez com que eu desconhecesse que ia haver um evento na Editorial Presença, no qual a minha pessoa era esperada =) recebi um convite e tudo... que não vi. Heis que me vêm chamar ao stand para ir rápido à Presença tirar foto de grupo. Chegando lá... tinha uma prenda para mim. Da própria Editora! Recebi um livro! Uauuuuuuuu fiquei completamente histérica, o que é sempre giro de se ver e ouvir quando não se tem voz.
Mais uma vez, muito obrigada Presença pelo carinho, pelo mimo, pela atenção! Vocês são os maiores! Ainda pensei que fossem chocolates para me amaciar a garganta, mas foi bem melhor do que isso. Recebi o novo livro da Donna Tart, que ainda não está nas livrarias. O livro que gosto de apelidar de "O dia em que a piriquita emigrou". Vá nem todos vão perceber este titulo, mas quem esteve na feira vai compreender.
No final desta mega surpresa tiramos uma mega foto. Éramos tantos mas tantos que foi complicado arranjar um cenário que encaixasse todos. Mas lá se conseguiu e este foi o resultado.



Um término de dia absolutamente fantástico. Mais uma vez foi muito bom rever caras amigas e conhecer outras tantas.
O dia seguinte, dia 14, o ultimo dia de feira. Foi dia de muita chuva... o que acabou por afectar em muito o movimento na feira. Choveu a potes! Inclusivei dentro do stand... apenas umas pinguinhas, mas que foram motivo de muita risota. A Sofia teve a ideia de apanhar a chuva com uma caneca! Aiii o que nos rimos com isto!
Foi tão engraçado! Só de me lembrar... aiii.
Enfim... resumindo e baralhando. Gostei de trabalhar na feira pelas pessoas que conheci e com as quais me fui cruzando. No entanto, muitas coisas podiam ter corrido melhor se a editora fosse mais organizada. Lamento... mas o que tem de ser dito tem de ser dito. As horas do conto por exemplo... se tivessem sido mais divulgadas poderiam ter sido um sucesso... assim como foram, apenas aconteceram... e pronto. Foi giro? Foi mnhé sabem... o que foi uma pena porque eu criei imensas expectativas em torno deste momento.
No ultimo dia, assim que saímos do stand, fomos passear uma ultima vez pela feira e pela primeira vez com as nossas amigas! Claro está que estragos foram feitos, livros foram comprados, euros gastos, e muitas risadas dadas. As ultimas horas de feira foram as melhores de todos os dias.


(Estrago e prendas. Que monte querem conhecer primeiro?)

Para terminar, quero falar-vos do dia 15. O dia em que para a generalidade das pessoas, a feira já acabou. Pois desenganem-se... que da mesma forma que os livros foram parar às prateleiras, também tiveram de lá sair. Foi mais fácil, nem se compara. Arrumar livros em caixas é mais simples que a primeira fase. Mas quando nós pensávamos que estávamos dispensadas, heis que surge a ordem para ir descolar o vinil dos contraplacado do stand. Ohh que grande merda! Acho que nunca disse tanta asneira seguida na minha vida como nas horas que se seguiram. Sabem o que é vinil? Aquele autocolante lindo que decora montras e tudo o resto? Experimentem descolar o mesmo com as próprias mãos?

Sabem qual foi o resultado? Não? Pensem lá bem? Váaa eu ajudo.
O resultado foi que todos ficamos com menos duas a três impressões digitais e não estou a exagerar. O vinil arrancou-nos pele, partes de unhas e não nos levou os pêlos dos braços, porque fomos rápidos nos movimentos. Foi horrível! A coisa mais massacrante e estúpida que alguma vez tive de fazer. Sabem quando sentem que o esforço é inútil? Pois este foi o caso... em que passado meia hora de tanto puxar, ainda só se tinha avançado cerca de 50 centímetros, se tanto. Isto foi no dia 15... hoje, dia 17, ainda tenho dores nos braços, peito e mãos do esforço físico. E pronto. Agora é a parte em que me perguntam: mas pagaram-te certo?
Sim, vão-me pagar... mas compensa? Não, não compensa. Não compensa as dores, o cansaço, o sono, o dinheiro gasto em refeições... não compensa. Mas pronto. Foi uma experiência como tantas outras, que não sei se vou querer algum dia repetir.
Por hoje é tudo que acho que já escrevi demais. Muita coisa ficou por dizer, por partilhar, quem sabe não faça um video sobre o tema? =)
Desse lado, contem-me como foi a feira para vocês? O que compraram o que comeram o que fizeram???


terça-feira, 16 de junho de 2015

A feira do livro acabou e eu estou viva!!!


A Feira do Livro acabou e eu estou viva! Sobrevivi. E perguntam vocês: mas Neuza... comprar livros cansa assim tanto? 
Não nem por isso, respondo eu. Mas trabalhar na feira sim e muito! 

Nem todas as pessoas perceberam isso, se bem que por esta altura devem ser poucas as pessoas que não deram conta, que este ano estive a trabalhar na feira do livro de Lisboa. Foi da 85ª edição e fui convidada pela Civilização Editora para colaborar no seu stand. Inicialmente apenas para fazer Horas do Conto, mas depois a coisa evoluiu para as vendas, e foi de facto, onde acabei por passar os meus dias.
Foi completamente extenuante e uma das experiências mais cansativas e simultâneamente "interessantes" da minha vida! Brevemente irá sair um post sobre a feira do livro e o que foi trabalhar lá. Quem está de fora diz com frequência que trabalhar na feira deve ser um sonho... não é, isso posso garantir. Mas aguardem desse lado que nos próximos dias irão ficar a saber mais.
Entretanto, vou retomar as leituras, o blog, o canal, responder a emails, mensagens enfim... tudo o que ficou pendente desde o dia 26 de Maio e esperemos que dentro de 1 semanita, a coisa já esteja nos eixos!
Obrigada por continuarem desse lado, ou já se foram embora?? =)


Agora vou só ali dormir uma sesta que estou completamente morta!!!