segunda-feira, 29 de junho de 2015

A Espia do Oriente - Opinião

Opinião: Hoje trago-vos a opinião de um dos últimos livros lidos por mim. Digo isto porque estou com uma mega ressaca literária e não me apetece ler nada. Já todos passámos por elas e sabemos bem como são. É esperar e ir pegando em vários livros, de modo a ver se algum me cativa.
Bom, A Espia do Oriente. Após o fantástico lançamento do livro, e depois de ter tido a minha curiosidade mega aguçada pela opinião da Vera Brandão, não consegui aguentar mais. Peguei no livro assim que pude e foi complicado parar de ler. Ainda assim, demorei muito mais tempo do que o esperado. Culpa da malfadada Feira do Livro de Lisboa, que me impediu de apreciar fosse o que fosse, inclusive livros. 
Por esse motivo posso desde já adiantar, que sinto que não apreciei a leitura como devia. Devido à interrupção que tive de fazer e sobretudo ao cansaço físico.
A Espia do Oriente trata-se do 2º livro na trilogia Freelancer. Se bem se recordam li há pouco tempo o primeiro volume O Espião Português e na altura fiz um novo namorado literário, o André Marques Smith. A situação mudou um bocadinho de figura com a leitura deste segundo volume, mas já lá vamos. Sabia de ante mão que este livro se iria debruçar mais sobre outra personagem: a nossa querida China Girl. Nesse sentido, sabia que não ia ler tanto do André o que me assustou inicialmente e recordo-me até de ter comentado com a Vera, que sentia falta do mesmo na história e que estava farta da China Girl. Pois bem... enganei-me. A chinoca é a minha nova personagem preferida! 

Em comum com o livro anterior, este volume está carregado de acção, suspense e pequenas doses de humor, que aligeiram o ambiente nos momentos certos. No entanto há uma diferença brutal relativamente ao primeiro livro, e nem tem a ver com o facto de o destaque ser dado a uma personagem diferente. Este livro é marcado por uma evolução enorme, em todos os aspectos, por parte do autor. Desde a escrita, ao desenvolvimento da trama e ao encadear dos acontecimentos, este livro é pautado por um crescimento na qualidade ,absolutamente brutais. Houve amadurecimento, houve atenção às criticas e houve sobretudo um cuidado muito grande com a qualidade da história apresentada. Por estes motivos, o Nuno está de parabéns. 
Não é qualquer escritor que tem a capacidade de nos prender, de nos fazer agarrar às paginas, como se mais nada à nossa volta importasse. O Nuno faz isto com uma simplicidade tal, que se torna difícil explicar. Ler os seus livros é como estar dentro de um filme ou série televisiva e este, é um dos melhores elogios que posso fazer ao escritor!
Agora em jeitinho de conclusão, dois pontos que quero abordar. Primeiro, tenho lido por aí várias bloggers que consideram que este livro se pode ler em separado do outro, ou seja, sem seguir a sua ordem original. Não o aconselharia a ninguém. Arriscar perder pitada desta história, só porque se pode fazer? Seria muito tolo =)
Segundo... o final do livro... ohhh o final!!! Que final!!! Adorei!!! Considerei que foi o final perfeito e que não poderia ser de outra forma. Afinal de contas ainda vem por aí continuação, certo? E eu tenho um pressentimento que me diz, que muita tinta ainda vai rolar até que as coisas acabem como desejamos.
Por estes motivos e muitos mais, façam o favor de ler Nuno Nepomuceno...dêem uma oportunidade ao policial português, que não se vão arrepender!



Sinopse: Dubai, Emirados Árabes Unidos.


De férias na região, um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projecto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem.

Contudo, de regresso à Europa, uma das suas operacionais resolve trair o sindicato do crime e oferece-se para trabalhar como agente dupla ao serviço da inteligência britânica. O mistério adensa-se quando esta mulher, de nome de código China Girl, impõe como única condição colaborar com André Marques-Smith, o director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e espião ocasional.

Obrigados a trabalhar juntos para evitarem um atentado a uma importante líder europeia, uma atmosfera tensa, de suspeição e desconfiança, instala-se de imediato entre os dois. Mas que segredos esconderá esta mulher, cujo próprio nome é uma incógnita? Serão as suas intenções autênticas? Será o espião português capaz de resistir à sua invulgar e exótica beleza?

Vencedor do Prémio Literário Note! 2012, Nuno Nepomuceno regressa com A Espia do Oriente, o segundo livro da série Freelancer. Por entre os cenários reais de Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, o autor transporta-nos para um mundo de mentiras, complexas relações interpessoais, e reviravoltas imprevisíveis. Uma reflexão profunda sobre os valores tradicionais portugueses, contraposta com a sua já habitual narrativa intimista e sofisticada, e que vai muito além do tradicional romance de espionagem. 

6 comentários:

  1. Olá Neuza! :)

    Acho mesmo incrível o carinho que todos nós temos pelo Nuno! :) E tudo graças ao que ele faz e é! Concordo plenamente com tudo o que escreveste. Acho q temos opiniões parecidas :).
    Também sou da opinião de que os dois livros devem ser lidos de forma sequencial. O sabor nunca seria o mesmo!

    Beijinhos,
    Rosana

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    1. Tens toda a razão. Acho que grande parte do sucesso destes livros, deve-se ao Nuno. A forma como interage com os leitores, a simpatia e disponibilidade... sei lá... pessoalmente gosto muito dele !

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  2. Olá Neuza,

    Parece-me uma boa leitura. De facto já tinha pensado em ler este, mas acho que vou tentar ler o outro primeiro.
    Ah...também estou nessa fase. Nada me agrada! Enfim...

    Beijinhos e boas leituras

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  3. Agora fiquei muito curiosa com esses 2 livros! :)

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    1. Podem seguir na próxima remessa =)
      É mesmo como assistir a uma série.

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