Tive a oportunidade de estar mais uma vez com a minha querida Jojo, de conhecer a Tânia, do blog Rua de Papel, a Elsa, de rever caras amigas e conhecer tantas outras como a Filipa, Joana, Sofia, Carla, Vera, Tanocas, Luisa, Teresa, Odete, André, Pedro, Jessy, Daniela, Filipa, Andreia, Tita, Milú, Nuno.. enfim... tantos. Gostei particularmente das pessoas que lá chegavam e diziam: olá Neuza.
E eu ficava com uma mega cara de vergonha!!! Ou então a menina, que em frente a outros clientes disse que gostava muito do meu blog! Aiii fiquei um tomate! Acreditem que os vossos elogios me deram motivação extra para me esmerar cada vez mais por estes lados! Dei-me conta pela primeira vez, que tenho fãs LOOOL cof cof. Sim pode parecer super prepotente dizer isto, mas percebi que há muita gente que gosta de mim e das minhas baboseiras! Obrigada a todos e mais uma vez desculpem se a energia não foi a mais positiva deste lado, mas é tão difícil sorrir quando os pés estão a desfazer-se lentamente em caca!
Continuando o relato, se me perguntarem se no geral eu gostei de trabalhar na feira... no geral sim, no especifico não. E não porquê? Não tenho o mínimo jeito para o atendimento ao público. Especialmente para lidar com pessoas mal educadas... essas então. Já me estão a ver não é, com este narizinho mega empinado a sorrir e acenar àqueles clientes parvos que querem ter sempre razão. E olhem que foram muitos. Desde aqueles clientes que acham que na feira temos de ter todos os livros alguma vez publicados pela editora, aos que procuram livros que são de outras editoras, mas estão estupidamente convencidos que os mesmos são nossos (e nem com explicação aceitam esse facto). Acabando naqueles que só no final da venda estar feita pedem factura com contribuinte -_- o que implicava fazer a devolução do livro e o caraças!!! Ahh estava a esquecer-me do melhor. Houve um cliente, bastante conhecido do mundo da televisão, um jornalista vá, que de X's em X's dias aparecia lá sempre com o mesmo esquema. Comprava um livro. Lia, trocava por outro. Eu mereço?
E aqueles clientes que acham que nós conhecemos o catálogo da editora de lés a lés? Mentalizem-se de uma coisa... há pessoas a trabalhar na feira que não gostam de ler ou melhor ainda, que não trabalham para as editoras e por isso, nem sempre são de grande ajuda. Pronto já disse.

Se você que está a ler isto foi atendido por mim e tem alguma reclamação a fazer, utilize a secção de comentários neste post e força nisso.
À pouco falei em xixi... mas já vos falei do estado das casas de banho? É verdade que tive a sorte de ter o stand mega perto da casinha mas xiça. Houve dias em que só o acto de entrar na casa de banho fazia estremecer todos os sensores do meu corpo, tal era a sujidade e o cheiro dentro da mesma. Nhaca! Não deve ser fácil manter aquilo sempre limpinho mas irra... ninguém merece. E o pior ainda está por contar. Não sei se viram (não devem ter visto porque foi num grupo no facebook) mas partilhei antes da feira uma foto da minha lista de compras para o evento. Dela constava apenas uma coisa. Farturas. Andei dias com desejos e vontade de comer uma fartura mega quente e cheia de açúcar. E assim fiz. Comi duas de seguida e outra quando cheguei a casa. Olhem... deu-me uma volta de tal forma à barriga que eu nem sei LOOOL agora imaginem fazer a feira neste estado com aquelas casas de banho e os pés num estado de semelhante dor!
Falando em dores, porque não somos só nós, seres humanos que as sentimos, também os livros passam um mau bocado na feira. Eles sofrem para caraças durante estes dias. Aliás, arrisco-me a dizer... os livros sofrem no geral. Os livros de feira são sujos. Eles vêm nas caixas que estão sujas de pó, eles caem das prateleiras constantemente, eles viajam o país de lés a lés e as pessoas nem têm noção daquilo pelo que passam. E quem é que paga a fava no final? Nós que estamos a atender o cliente que procura o livro perfeito acabado de sair da loja. E eu entendo perfeitamente, atenção que não estou a criticar, eu sou igual. Mas por favor pensem nisso da próxima vez que obrigarem o empregado a tirar 8 exemplares para vocês escolherem o mais perfeito de todos sim... não é culpa nossa.
Ouvi dizer que o dia 10 foi o caos! Foi feriado e o dia do casamento do meu pai. Claro que não fui para a feira. Aquele dia de "descanso", que nunca é de descanso porque se trata de um casamento, ajudou muito. Pude estar sentada grande parte do dia o que ajudou a aguentar os próximos. Mas o que se seguiu foi quase tão mau quanto as dores nos pés. Depois do dia 10, se bem se recordam, a chuva e o frio voltaram. Portanto, depois de dias a trabalhar debaixo de 30 graus, heis que chegam os 18 graus molhados para alegrar a coisa. Claro está que aqui a je apanhou uma constipação de caixão à cova, com direito a febre, tosse, dores de garganta e voz off. O que acabou por coincidir com a visita das livrólicas do Norte à feira. No passado dia 13 houve uma enchente de gente doida na feira. As leitoras do norte =) são fantásticas! Adorei conhecer todas ainda que doente! Não sei se foi a vossa energia, mas do dia 13 para a frente tudo correu melhor... vá... foram só dois dias. Mas vamos falar do dia 13 um cadinho. Desde que a feira começou que eu não vinha à net e nem o meu email eu consultava, o que fez com que eu desconhecesse que ia haver um evento na Editorial Presença, no qual a minha pessoa era esperada =) recebi um convite e tudo... que não vi. Heis que me vêm chamar ao stand para ir rápido à Presença tirar foto de grupo. Chegando lá... tinha uma prenda para mim. Da própria Editora! Recebi um livro! Uauuuuuuuu fiquei completamente histérica, o que é sempre giro de se ver e ouvir quando não se tem voz.

Mais uma vez, muito obrigada Presença pelo carinho, pelo mimo, pela atenção! Vocês são os maiores! Ainda pensei que fossem chocolates para me amaciar a garganta, mas foi bem melhor do que isso. Recebi o novo livro da Donna Tart, que ainda não está nas livrarias. O livro que gosto de apelidar de "O dia em que a piriquita emigrou". Vá nem todos vão perceber este titulo, mas quem esteve na feira vai compreender.
No final desta mega surpresa tiramos uma mega foto. Éramos tantos mas tantos que foi complicado arranjar um cenário que encaixasse todos. Mas lá se conseguiu e este foi o resultado.
Um término de dia absolutamente fantástico. Mais uma vez foi muito bom rever caras amigas e conhecer outras tantas.
O dia seguinte, dia 14, o ultimo dia de feira. Foi dia de muita chuva... o que acabou por afectar em muito o movimento na feira. Choveu a potes! Inclusivei dentro do stand... apenas umas pinguinhas, mas que foram motivo de muita risota. A Sofia teve a ideia de apanhar a chuva com uma caneca! Aiii o que nos rimos com isto!

Foi tão engraçado! Só de me lembrar... aiii.
Enfim... resumindo e baralhando. Gostei de trabalhar na feira pelas pessoas que conheci e com as quais me fui cruzando. No entanto, muitas coisas podiam ter corrido melhor se a editora fosse mais organizada. Lamento... mas o que tem de ser dito tem de ser dito. As horas do conto por exemplo... se tivessem sido mais divulgadas poderiam ter sido um sucesso... assim como foram, apenas aconteceram... e pronto. Foi giro? Foi mnhé sabem... o que foi uma pena porque eu criei imensas expectativas em torno deste momento.
No ultimo dia, assim que saímos do stand, fomos passear uma ultima vez pela feira e pela primeira vez com as nossas amigas! Claro está que estragos foram feitos, livros foram comprados, euros gastos, e muitas risadas dadas. As ultimas horas de feira foram as melhores de todos os dias.
(Estrago e prendas. Que monte querem conhecer primeiro?)
Para terminar, quero falar-vos do dia 15. O dia em que para a generalidade das pessoas, a feira já acabou. Pois desenganem-se... que da mesma forma que os livros foram parar às prateleiras, também tiveram de lá sair. Foi mais fácil, nem se compara. Arrumar livros em caixas é mais simples que a primeira fase. Mas quando nós pensávamos que estávamos dispensadas, heis que surge a ordem para ir descolar o vinil dos contraplacado do stand. Ohh que grande merda! Acho que nunca disse tanta asneira seguida na minha vida como nas horas que se seguiram. Sabem o que é vinil? Aquele autocolante lindo que decora montras e tudo o resto? Experimentem descolar o mesmo com as próprias mãos?

Sabem qual foi o resultado? Não? Pensem lá bem? Váaa eu ajudo.
O resultado foi que todos ficamos com menos duas a três impressões digitais e não estou a exagerar. O vinil arrancou-nos pele, partes de unhas e não nos levou os pêlos dos braços, porque fomos rápidos nos movimentos. Foi horrível! A coisa mais massacrante e estúpida que alguma vez tive de fazer. Sabem quando sentem que o esforço é inútil? Pois este foi o caso... em que passado meia hora de tanto puxar, ainda só se tinha avançado cerca de 50 centímetros, se tanto. Isto foi no dia 15... hoje, dia 17, ainda tenho dores nos braços, peito e mãos do esforço físico. E pronto. Agora é a parte em que me perguntam: mas pagaram-te certo?
Sim, vão-me pagar... mas compensa? Não, não compensa. Não compensa as dores, o cansaço, o sono, o dinheiro gasto em refeições... não compensa. Mas pronto. Foi uma experiência como tantas outras, que não sei se vou querer algum dia repetir.
Por hoje é tudo que acho que já escrevi demais. Muita coisa ficou por dizer, por partilhar, quem sabe não faça um video sobre o tema? =)
Desse lado, contem-me como foi a feira para vocês? O que compraram o que comeram o que fizeram???