sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

De Amor e Sangue - Opinião

Opinião: Portanto falhei na promessa que impus a mim mesma de conseguir actualizar o blog até ao final de 2015. Grande coisa =) acho que ainda vou a tempo, afinal de contas ainda só estamos há algumas horas dentro de 2016.
Hoje trago-vos a opinião de mais um livro de uma das minhas escritoras preferidas de sempre: Lesley Pearse. 2015 foi o ano em que regressei finalmente a esta escritora.
Talvez não se lembrem (certamente que não), que há 2 anos atrás, penso eu, decidi dar uma pausa dos livros de três das minhas escritoras favoritas. Sendo elas Leslesy Pearse, Dorothy Koomson e Joanne Harris. Houve um ano em que li tanta coisa destas 3 que chegou uma altura em que senti, que tinha de parar, não só para conhecer novos autores, mas também para não me cansar. Sim eu sei; se são favoritas como é que nos podemos cansar delas? Acreditem em mim... podemos. Porque quando lemos muita coisa do mesmo género, começamos a notar certos padrões que podem estragar as leituras para nós. E assim, parei. Mas este ano e, por força das circunstâncias, peguei nela de novo e lá me preparei para mergulhar numa história que prometia muito drama e tragédia, bem ao estilo Lesley.
Este livro conta-nos a história de Hope, cuja vida começamos a acompanhar logo após o seu nascimento. A Hope tem a sorte de nascer no seio de uma família da aristocracia inglesa, que é o mesmo que dizer, com condições financeiras. No entanto, tem o azar de ser fruto de uma relação extraconjugal... e por esse motivo o seu nascimento não é desejado. Ela é então entregue às empregadas que têm de decidir o seu destino e, uma delas acaba por a entregar aos cuidados da sua própria mãe. Portanto a Hope vê-se a crescer no meio de uma família sobre-lotada de crianças, muito pobre, com condições muito parcas de vida, mas com imenso amor para dar. Cresce feliz. Isto tudo, até ao dia em que tem o azar de ser testemunha de um acto que pode pôr em causa muita coisa na vida de muitas pessoas que a rodeiam. E como as coisas nunca são simples na vida das mulheres que Lesley cria, a Hope vê-se forçada a abandonar tudo aquilo que conhece, a fugir, a deixar tudo para trás. Ela acaba por fugir para a cidade... o que nos anos de 1800 e troca o passo, nunca era uma coisa boa para alguém pobre, sozinho e mulher.
Perante mil adversidades a Hope acaba por ter a sorte de conhecer o Dr. Bennet que, entre outras coisas, a leva consigo para a guerra da Crimeia, onde o seu passado se vai cruzar com o seu presente e levar a Hope a enfrentar factos que queria esquecer.
Uff.. tentei resumir a coisa ao máximo sem dar grandes spoilers, o que acreditem, quando se trata dos livros da Lesley, é tarefa complicada. Adorei este livro, como aliás, não poderia deixar de ser. A senhora Pearse tem a capacidade incrível de me prender às suas histórias logo nas primeiras páginas, algo que não acontece sempre com a maior das facilidades. No entanto, apesar de ter adorado o livro, a história e as mil voltas e reviravoltas que a coisa deu, acabei por lhe dar 4 estrelas no goodreads. Porquê? Porque a história da Hope me lembrou imenso a da Belle e por vezes até da Matilda (com montes de excepções, atenção). Pelas suas histórias se passarem sempre dentro do mesmo período de tempo, ambas acabam por passar por situações muito semelhantes, o que faz com que eu acabe por sentir, que já li aquilo em algum lugar. Parece que a pausa de 1 ano ou 2 anos, não foi suficiente. 
Culpa desta mestre do drama que é capaz de nos fazer recordar personagens durante uma vida! Definitivamente que quero ler tudo o que tenho da autora, mas o próximo livro que pegar dela, irá ser um contemporâneo. Algo que se passe nos dias de hoje e de preferência sem guerra, sangue e tripas, cujas descrições a autora, faz na perfeição. Se são fãs e ainda não leram, força, não se vão arrepender. Caso ainda não conheçam a autora, ficam já a saber que um dos meus livros preferidos da vida, foi escrito por ela... portanto... do que estão à espera??

Sinopse: Há laços que nunca se quebram.

Somerset, 1836.
A recém-nascida Hope é a prova viva do adultério da mãe, a aristocrata Lady Harvey. A sua chegada a este mundo não é festejada e as lágrimas em seu redor não são de alegria. Imediatamente arrancada àquele meio privilegiado e entregue nas mãos dos Renton, uma família pobre mas acolhedora, Hope cresce sem saber a verdade sobre as suas origens. E quando chega o dia em que também ela tem de começar a contribuir para o sustento da família, é precisamente para os Harvey que trabalha. Deslumbrada perante a mansão luxuosa, a elegância dos seus patrões e a beleza que os rodeia, Hope enfrenta com brio e gratidão a extenuante rotina de trabalho. 
Mas a descoberta de uma ligação proibida vai lançá-la sozinha para as ruas, para uma vida de miséria e solidão. É na adversidade, porém, que descobre uma força interior que desconhecia, bem como um talento para ajudar os mais fracos. Trata-se de um dom que não passa despercebido ao Dr. Bennett, que a leva consigo para a Crimeia, para ajudar a tratar dos feridos vindos dos sangrentos campos de batalha. Mas os segredos do passado teimam em vir ao de cima, e Hope tem ainda um longo caminho a percorrer na tentativa de enfrentar o legado do seu nascimento. 

6 comentários:

  1. De facto eu também faço pausas de escritores preferidos por esses motivos :)

    Um romance de Lesley contemporâneo é "perdoa-me", e estou muito desiludida precisamente por isso. Por ser tão contemporâneo quando o que eu mais gosto nos livros, histórias e escrita de Lesley é dramas profundos, realidades da vida, sangue, guerras, lutas, tudo isso. E "perdoa-me" é um romance básico e é a primeira vez na minha vida desde que comecei a ler Lesley que meti um romance dela de lado para acabar de ler noutra altura, pois falta TUDO o que gosto nos livros dela, incluindo mulheres fortes, lutadoras e independentes. Mas lá está a "beleza" de cada um ter os seus gostos e preferências, enquanto eu, ainda não acabei o "perdoa-me" mas vou a meio, apesar de que vou parar para ler outro "sangrento", espero eu, dela, pelo menos é passado em 1893.

    No entanto achei que a opinião tem spoilers importantes e acho algo injusto quem for para ler a opinião sem o ter lido ficar já a saber de ante-mão esses pormenores. Mas cada blogger faz como se sente melhor (apesar de, na minha opinião, se deveria de meter um aviso antes da opinião que pode conter spoilers).

    Por isso eu agora só leio opiniões de livros depois de os ler ou então leio quando procuro livros/autores novos para ler onde sei que não há o mínimo de spoilers.

    Só uma opinião de uma leitura ;) E quanto a romances dela contemporâneos, creio que o único é mesmo "perdoa-me", não?

    Bom ano!

    ResponderEliminar
  2. Olá Liliana... a opinião não tem spoilers... nem um. Está tudo na sinopse

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, peço imensa desculpa :/
      Não me apercebi de que o facto de: "Dr. Bennett, que a leva consigo para a Crimeia, para ajudar a tratar dos feridos vindos dos sangrentos campos de batalha. " estava na sinopse é por esse motivo também que eu sempre que posso, ou pelo menos nos autores que eu já conheço nunca leio as sinopses, o deste livro, por exemplo (e ainda bem que só li SÓ as primeiras linhas da sinopse antes de o ler) está demasiado revelador para o meu gosto, pois durante a história vai já levar a pensar que ela vai acabar por conter o tipo e ir para lá, e eu quando li o livro não fazia a mínima ideia, pois não li a sinopse toda (e ainda bem!)

      Quando ao "perdoa-me" da Lesley, já o leu ou ouviu falar? :)

      Eliminar
    2. Não faz mal =)
      Eu detesto as sinopses em Portugal. Raramente leio uma na integra... revelam demasiado e esta é um exemplo disso!
      Tenho o "Perdoa-me " para ler... aliás tenho todos dela e ainda me faltam ler alguns. o "Nunca digas adeus" não se passa nos tempos modernos??

      Eliminar
    3. Há umas sinopses que uma pessoa fica tipo "wtf?" não se percebe nada afinal do que se trata o livro. Outros quase parecem um resumo do livro, cheias de spoilers... Não percebo, sinceramente :/

      O "Nunca Digas Adeus" fui buscar agora (ainda não tenho os livros todos dela, infelizmente, mas este natal juntei uns trocos para conseguir alguns" esse é um deles e abri a primeira página e começa logo com "1995".

      Portanto irei deixar este para último daqueles que tenho :/ Se bem que pelo menos só das duas linhas da sinopse que li (até tenho medo de ler mais!) parece ser mais interessante que o "perdoa-me", mas só lendo para saber... Só espero bem que seja no mínimo interessante porque eu tive de escolher entre umas botas novas (só tenho umas e uso sempre as mesmas, e só posso usar um tipo de calçado por causa de problemas nos joelhos) ou os livros, escolhi os livros, por isso se se revelarem um fracasso para mim, como a minha mãe me dizia em pequena: "Agora se ficares sem botas, calças os livros!".
      Se bem que ela dizia isso com tudo, porque eu optava sempre comprar livros em vez de comprar roupa, calçado, roupa interior e às vezes até alguma comida ou guloseimas ou o que fosse, e ela dizia: "quando tiveres fome, comes os livros" ou "quanto não tiveres que vestir, vestes os livros", e agora com 27 anos, se estes 5 que eu investi dela não forem o que eu estiver à espera........

      Eliminar
  3. Olá Neuza,
    Shame on me por ainda só ter lido um livro desta autora. Oiço falar tão bem dela, mas ainda não li mais nenhum. Espero mudar isso esta ano.
    Desejo-te um bom ano de 2016 cheio de muitas e boas leituras

    ResponderEliminar