domingo, 22 de novembro de 2015

Leituras de fim de semana * só que não

A meteorologia prometia um fim de semana frio e chuvoso. São raras as vezes que a coisa é cumprida mas desta vez, parabéns senhores do tempo; acertaram. Ora quando soube isto pensei imediatamente aquilo que todo o bom livrólico que se preze pensa: "Deixa-me lá hibernar debaixo dos cobertores, com um bom livro. Acordem-me segunda feira". 
Também esta foi a minha ideia no final de Sexta feira. Só que não. A coisa não está a correr como planeado. Por breves, mas apenas breves momentos, esqueci-me que ontem tinha um almoço livrólico. Passado o esquecimento, lá me muni eu de casaco quente e cachecol, e rumei a Lisboa, pronta para passar uma tarde divertida com amigos. O dia foi ficando cada vez mais frio (mesmo) e pelas 19.30 já eu me encontrava debaixo de uma manta no sofá. E foi então que pensei que era naquele momento que ia ler. Quem já foi a um encontro livrólico conhece bem a sensação de passar o dia rodeada de livros, amigos, boa conversa e de chegar a casa apenas com o desejo de ler, ler ler... ou então de pesquisar livros novos que se falaram no almoço. Só que não. A preguiça falou mais alto e, eu não li uma única página.
Chegou o Domingo (hoje portanto) e o plano passava por limpar a casa num instantinho e preguiçar a ler... e a comer bolachas que nunca mais acabam. Folgo em dizer que parte do plano foi cumprido com sucesso. Comi efectivamente muitas bolachas e mais se avizinham na minha boca. Mas e ler? Ando aqui de um lado para o outro com o livro A Hora Solene, do querido Nuno.
Já o comecei a ler há alguns dias de facto, mas não sei porquê, não estou a conseguir avançar muito na leitura.
Atenção que não é por estar a ser mau, não vão vocês começar já a pensar isso. É só que, simplesmente, não estou a conseguir ler. Passei a manhã a ver filmes, em vez de limpar, comi bolachas, em vez de almoçar a sério, e agora estou a olhar para uma travessa de castanhas que está a assar no forno, com o livro ao meu lado. Mas e ler? Nada.
Dezembro é sempre uma altura do ano muito critica para mim (a nível de leituras). Começo a acusar o cansaço de ter lido tanto ao longo do ano e a vontade para continuar, começa a esmorecer. 
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De repente não me apetece fazer leituras exigentes, complicadas, ou até com muita qualidade. Não me apetece fazer nada e nem sequer o meu namorado André Marques Smith me está a conseguir tirar desta letargia de fim de semana. Ora agora a questão que se coloca é: O que é que eu faço?
Largo tudo e forço-me a ler? Sim, porque parte de mim acredita que a solução para ler finalmente, passa por desligar o pc e recolher-me ao vale dos lençóis. Ou, a segunda opção, continuo a comer bolachas e castanhas, enquanto penso que devia limpar qualquer coisinha ou mesmo passar a ferro?
O que é que eu faço???

Sinopse: Lutai, vós, homens de valor. 

Londres, Reino Unido. 

Numa fria noite de tempestade, um homem é esfaqueado e abandonado na rua. A poucos quilómetros de distância, um terrorista pertencente a uma organização criminosa auto-intitulada O Gótico entrega-se aos serviços secretos. Ao mesmo tempo, um avião sofre um violento atentado ao sobrevoar a Irlanda e um vídeo é enviado à redacção de uma famosa cadeia televisiva.

A intriga acentua-se quando um milionário começa a ser alvo de extorsão. No centro destes acontecimentos, encontra-se André Marques-Smith. Alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o espião português é obrigado a protegê-lo. Mas não está sozinho. Foragidos, dois colegas dissidentes regressam e revelam ao mundo a verdadeira génese de um antigo projecto de manipulação genética. E há ainda uma mulher. Em parte incerta, esta enigmática espia de feições orientais poderá ser a chave de todo o mistério. Mas que explicação haverá para o seu desaparecimento? Conseguirão os dois agentes ultrapassar o fosso criado entre eles?

Através de uma viagem frenética por entre os deslumbrantes cenários reais de Moscovo, Londres, Hong Kong, Macau, Praga, o Grande Buraco Azul e Lisboa, os perigos multiplicam-se e André dá por si a lutar pela sobrevivência. Questões sobre ética, moral, religião, família e o valor da vida humana são levantadas. E uma teia de falsas verdades, ilusões e complexas relações interpessoais é desvendada no derradeiro capítulo de uma série policial que já marcou a ficção portuguesa.

Inspirado num discurso de guerra de Winston Churchill, depois de ver o talento confirmado com A Espia do Oriente, revelado ao público através da vitória no Prémio Literário Note! 2012 com O Espião Português, Nuno Nepomuceno apresenta A Hora Solene, a terceira e última parte da trilogia Freelancer. Um romance de espionagem imprevisível, no já característico estilo sofisticado e intimista do autor, onde os valores tradicionais da cultura nacional se fundem com uma abordagem inovadora e única que o irá surpreender. 


1 comentário:

  1. Olá Neuza!

    Tive um fim de semana parecido, em relação a leituras. Não sei se estás a par da leitura conjunta que está a decorrer no cantinho do corvo, mas há conta de alguns livros de parcerias, ando com essa leitura conjunta e o livro do nosso clube de leitura em atraso. O pior é que o encontro do clube é já amanhã e queria ter aproveitado o fim de semana para o terminar. Mas parece que tudo o que aparecia na tv era mais interessante.... Logo eu que nem ligo muito a tv...

    Ontem estreei a casa nova com um jantar para amigas e passei a tarde a adiantar coisas na cozinha. Ali pelo meio de "temperar a carne", "cortar as batatas", cozer o pão", planeei ir pegando no livro. Só que não! ahahaaha

    Quanto ao almoço livrólico é mais um daqueles eventos que me dá pena estar tão longe. Adorava conhecer as caras por detrás dos blogues que sigo e que também vão visitando o meu cantinho. Nem vale a pena dizer que espero que se tenham divertido porque tenho a certeza que sim :)

    beijinhos!

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