sexta-feira, 19 de maio de 2017

Sebastian Bergman, a personagem que eu amo odiar

Nas ultimas semanas, tenho-me dedicado a ler uma série policial que estava em espera há muito. A série Sebastian Bergman. Trata-se, como já referi, de um policial sueco que segue a vida do psicólogo criminal Sebastian e da sua equipa de investigação, enquanto tentam resolver vários crimes que vão surgindo. Podia ser mais um policial banal, mas não é. 
Foram várias as vezes em que vi pessoas a comprarem esta série com a trilogia de Erik Axl Sund. Parem...por favor. Não tem nada a ver. É como comparar sardinhas com lulas. Confesso que inicialmente, antes de ler os livros pensei sim que poderia haver alguma relação especialmente pelo facto da personagem principal ser de nome Bergman. Pensei logo que se tratava de uma cópia descarada do outro. São diferentes. A trilogia da Rapariga Corvo é mais intensa a nível psicológico, nem a considero um policial sequer. Esta série é mais focada noutros aspectos, é menos brutal, mas igualmente viciante. 
Mas para mim, a diferença maior são os Bergmans das histórias. Se antes tínhamos uma Victoria Bergman por quem fui capaz de sentir alguma empatia, com Sebastian a coisa já não é assim. Que merda de homem. É que não gosto dele nem um bocadinho, nem sequer nos momentos em que se mostra efectivamente mais vulnerável e verdadeiro. É um porco, odioso, nojento, mas que não consigo parar de ler e adorar. 
Em poucos dias li os dois primeiros livros e já comecei o terceiro. Estou viciada. E se O Homem Ausente, terminar como os livros anteriores têm terminado, vou desesperar por um quarto livro o quanto antes. Sim, são assim tão bons. 


sábado, 22 de abril de 2017

Amãezónia - Opinião


Opinião: Sobre o livro Amãezónia, se calhar é importante começar por dizer que a minha opinião prende-se sobretudo com o facto de eu não me identificar de todo com a forma de estar, educar e viver a maternidade, que aqui é apresentada, daí a classificação que lhe dei e daí as poucas palavras que vou usar para falar sobre o mesmo. 
Este livro reúne uma compilação de alguns textos que se encontram presentes num blog com o mesmo nome. Escrito por duas mães, nele podemos acompanhar as suas vidas, peripécias e formas de lidar com os filhos. Tratando-se de um blog pessoal, fica complicado fazer uma opinião sobre o que li. Afinal de contas seria o mesmo que alguém escrever sobre o Mil Folhas. Não gostei. Não gostei e classifiquei-o como tal. Se não gostava do blog antes, naturalmente não gostei do livro.
Ser mãe é muito pessoal. Cada pessoa vive a maternidade à sua maneira, só que há pessoas com as quais nos identificamos mais do que outras, e foi este o caso. Não digo que tudo no livro tenha sido péssimo. As ilustrações estão muito boas e as adaptações feitas às histórias infantis mais conhecidas, estão geniais. Mas para mim ficou por aqui. Sabem quando tomamos uma pessoa de ponta, ou neste caso, um texto, e não conseguimos de forma alguma ultrapassar a má impressão que inicialmente nos causou? Tenho esse pequeno grande problema com o Amãezónia. Aqui há tempos deparei-me com um texto neste blog acerca da amamentação. Que texto de merda! Que post mais destrutivo, mais carregado de negatividade. Nunca li tanta diarreia junta como naquele único post. E lá está, ainda que ele reflicta apenas a opinião de algumas mães, achei-o enganador, bruto, e cheio de uma arrogância e prepotência que considero que uma mãe não deve ter. Toda aquele palavreado sobre o ser "animal" mexeu comigo. E quando estava a ler o livro, e me deparei com o mesmo texto, tudo em mim caiu. Comecei a ler o livro na diagonal e ficou por aqui. 

É bastante pessoal, compreendem. Não é que seja mau, simplesmente não é para mim. Sou muito mais fã das mães do blog, A mãe é que sabe, do que das mães da selva. Eu sou da paz, do apego, do mimo, da mama, do colo, do aconchego, da cama partilhada... às vezes isto parece uma selva, mas é uma selva muito colorida. 

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Sinopse: A vida não começa na maternidade. Nem acaba. E ser mãe é difícil como o raio. Somos mães que trabalham e que, às vezes, dormem pouco, malabaristas do tempo e do cansaço que às vezes – por Deus! – só querem beber uma cerveja. Somos mais felizes desde que fomos mães mas lembramo-nos perfeitamente que também éramos felizes antes. E também nos lembramos de uma altura em que não tínhamos de tomar vitaminas porque não andávamos tão ridiculamente cansadas.


Um retrato real da maternidade, sem lacinhos nem florzinhas, mas num registo muito cómico e descomplexado. O presente perfeito para o Dia da Mãe.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

A Rapariga de Antes - Opinião

Opinião: Não sei exactamente por onde começar esta opinião; talvez comece por dizer que esperava um bocadinho mais do livro. O trabalho de marketing em torno do mesmo, a divulgação e, o facto de saber que foi um livro mega disputado levaram a que as minha expectativas fossem elevadas. Ainda que não tenham sido completamente defraudadas, não era isto que esperava. Começo já por dizer o típico, gostei, mas. 
Thrillers psicológicos são o tipo de livros que mais gosto de ler. Adoro a forma como, regra geral, nos prendem, nos manipulam as ideias e no final nos surpreendem. Têm por norma a capacidade de nos fazer soltar exclamações ao longo da leitura e de nos arrancarem o tapete debaixo dos pés várias vezes. Em A Rapariga de Antes, isto aconteceu, mas apenas 1 vez, o que para mim diz muito sobre o livro.
Escrito a duas vozes, acompanhamos o percurso de Emma, a rapariga de antes, ao mesmo tempo que vivemos o presente de Jane, que vai tentando descobrir o que aconteceu com a anterior inquilina do nº 1 de Folgate Street. Geralmente gosto bastante de livros que mostram duas perspectivas diferentes da mesma história. Aqui, no entanto, as histórias das personagens fundem-se, e são de tal forma semelhantes, que acabei por me sentir algumas vezes confusa sobre quem estava a ler. Não gostei da Emma nem um bocadinho e fiquei feliz por no decurso da história, se ir verificando que a Jane era diferente. Mais forte, mais autónoma, o que contribuiu para o final que teve. E que final. Até à ultima página pensei que ela fosse tomar decisões erradas, mas surpreendeu-me. Fiquei fã dela e dos tomates que mostrou ter ao fazer frente a um tirano. Também achei inteligente a forma como a autora faz referência à rapariga de antes, bem no final, quando se refere à Isabel. Para um recém mamã como eu, foi enternecedor. 
Edward, outra personagem principal é absolutamente odioso e na minha opinião, nada cativante. Acho que talvez um dos aspectos que me fez não adorar este livro, tenha sido a personagem dele. Detesto personagens do estilo macho alfa, que acham que podem e mandam sempre que lhes apetece. Isto, aliado ao facto de o livro ter uma forte componente sexual, deixou-me meio mhe. Não me interpretem mal. É porreiro ler uma boa cena de sexo. Mas quando o protagonista é um homem obsessivo a roçar o doente mental, detesto. 
Acho que o que eu quero mesmo ler, é um thriller em que a vitima seja um homem! Cansada de clichés a rodear as mulheres. Não somos todas vitimas, não somos todas fracas e nem todas ficam com as pernocas a tremer perante um homem giro. Ainda assim, acho que aquilo que mais gostei foi do ambiente em torno da casa, que acaba por ser em si só, como que uma personagem individual. Teria sido interessante se no final o verdadeiro culpado de tudo e tal, fosse a casa. A tecnologia a virar-se contra nós seria muito mais credível e interessante de se ler, do que o típico homem controlador. Merecia mais acção, mais violência e sem dúvida, melhores diálogos. 

Sinopse: «Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.»
O pedido parece estranho, até intrusivo. É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos. Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras.
EMMA: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro. Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo. O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz…
JANE:Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço —e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador. É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz.
Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu, Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que A Rapariga de Antes.

terça-feira, 11 de abril de 2017

O Universo nos teus olhos - Opinião

Opinião: O Universo nos teus olhos, é o segundo romance da escritora Jeniffer Niven, autora de um dos meus livros preferidos. Fala-me de um dia perfeito, ainda está bem fresco na minha memória e acho que nunca vou esquecer aquelas personagens. Não é por isso de estranhar que tenha partido para a leitura deste livro com expectativas muito altas, e depois, tenha acabado por cair um bocadinho lá do alto. 
Este romance young adult, conta as histórias distintas de dois adolescentes. Libby e Jack. Ela, que já deteve o titulo de a rapariga mais gorda da América, e ele, um jovem que sofre de prosopagnosia (incapacidade para reconhecer rostos). Frequentam o mesmo liceu no mesmo ano de escolaridade e devido a uma brincadeira infeliz, acabam por ter de se relacionar um com o outro. 
Como em todos os romances Y.A. a relação dos dois evolui para um namoro, cheio de dramas e choradeira. Tudo normal e ok até aqui. Só que não me convenceu. Passei o livro todo à espera daquele click com as personagens. Não me consegui identificar com os sentimentos de nenhum personagem. Nem da Libby, nem do Jack, nem dos amigos ou familiares de ambos, o que de certa forma acabou por tornar a história pouco credível para mim. 
Neste livro a autora aborda temas sérios, com alguma relevância na nossa sociedade, especialmente a obesidade e todo o preconceito que a rodeia. Acaba por ser semelhante ao livro anterior o facto de abordar temáticas sérias. Só que, na minha opinião, sem grande sucesso, pois não senti que tudo aquilo fosse real. Será preconceito meu? Convivo diariamente com uma pessoa que é completamente gordofóbica. Talvez esteja a ser contaminada, de tal forma que não tenha conseguido sentir empatia para com a Libby....
Li este romance e pensei, ok... onde estão os pais destes jovens? Onde estão os psicólogos? Estavam lá, sim, mas nunca tiveram um papel activo no desenvolvimento e conclusão da história. O final foi previsível e acabei por ficar à espera de mais. Mais desenvolvimento, mais esclarecimentos. A forma como o Jack revela ao mundo a sua doença, merecia mais atenção. O que aconteceu depois disso? Como lidaram eles com o preconceito da sua relação? Como lidou ele com o facto de saberem que ele sofria de uma doença? Faltou isto, pelo menos para mim. 
Posto isto, é um bom livro para se conhecer a autora. Mas se tiveram a oportunidade de ler Fala-me de um dia perfeito, podem desiludir-se, por isso, baixem as expectativas. Pode ser que acabem por gostar muito mais do que eu.


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Sinopse: Libby, outrora a rapariga mais gorda da América, conseguiu finalmente ultrapassar o desgosto causado pela morte da mãe e está pronta para voltar a viver. 
Jack é o típico rapaz popular do liceu, no entanto tem prosopagnosia e não consegue reconhecer caras. 
Quando o destino os une a solidão que cada um sente dá lugar a sentimentos muito diferentes… Uma história de superação e de um amor verdadeiro e invulgar que nos devolve a esperança no mundo, em nós e no outro.

sábado, 1 de abril de 2017

Amãezónia cá em casa



A minha vida é uma selva. Juro que sim e se havia dias em que eu pensava que estava na selva, esta semana veio comprovar que efectivamente vivo em estado selvagem a toda a hora. Chegou cá a casa uma das mais recentes novidades da Arena, Amãezónia. Super adequado, especialmente se tivermos em conta que esta semana o Lucas ficou doente pela primeira vez. Com direito a chamada do infantário, ida ao médico, atestado e baixa. Tudo junto. Não é grave mas ohhh boy. Para vermos como as coisas são e como a lei de murphy é tramada. Durante a minha licença de maternidade, chorei N vezes porque estava prestes a regressar ao trabalho e a ter de ficar afastada do meu bebe. Voltei ao trabalho e sim custou muito. Ando constantemente num estado de ansiedade parva e a desejar poder ficar com o Lucas. Passado apenas uma semana de ter voltado, capuft. Bebe doente e heis o desejo realizado. Não era bem isto que tinha em mente. Especialmente porque cuidar de um bebe doente não é nem de longe nem de perto tão divertido quanto isso. Estou exausta e, sei que isto pode soar de forma errada, nunca ansiei tanto por uma segunda feira. 
Exemplo de lei de murphy numero 2... se dissermos às pessoas que o nosso filho, por enquanto dorme bem, ele deixa de o fazer na hora. A angústia de separação está em altas cá por casa e o Lucas passou de dormir a noite toda (era um fofo) a acordar várias vezes. Lei de murphy numero 3... se o nosso filho tem a barriga presa e não faz coco, desejamos que faça e puff... cagadas a toda a hora. Arrre... eu bem que desejo o euro milhões, mas ele não quer nada comigo.
Já dei uma vista de olhos por este Amãezónia e parece-me ser super divertido. Porque afinal de contas é nas "desgraças" dos outros que vemos a nossa realidade e percebemos, que nisto da maternidade, nunca estamos sozinhas. Portanto vou adiantar-me e recomendar de ante-mão este livro, não só para quem já é mãe, como para quem ainda vai ser, como para os queridos pais...que continuam a passar por entre os pingos da chuva em demasiada
s coisas. 

terça-feira, 14 de março de 2017

Novidade * Livros Horizonte | Arrumado


Da autora de um dos livros infantis que mais gosto, O Lobo não morde, chega às livrarias o livro Arrumado. Uma história sobre um pequeno texugo muito muito organizado, que nos vai ensinar, com certeza algo. 

Algumas razões para ler este livro : 

Emily Gravett é vencedora por duas vezes do prestigiado prémio Kate Greenaway de ilustração .
Arrumado ensina-nos a gostar do mundo tal como ele é, sem necessidade de que seja perfeito. 
Personagens encantadores e cheios de humor, que nos remetem para o mundo real.
Um livro com moral e que aborda, além da busca pela perfeição, temas como a ecologia e a amizade.
Já mencionámos que é da talentosa Emily Gravett?

Enfim...mais um a vir cá para casa =)


Sinopse: O Pedro gosta de ter tudo arrumado e organizado – mas às vezes é bom saber quando parar.
Nesta história original e engraçada, escrita por uma das autoras mais talentosas da atualidade, um texugo adorável aprende a gostar da sua casa na floresta tal como ela é.
Mesmo que esteja um bocadinho desarrumada.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Um Conto de Inverno - Opinião

Opinião: Se acompanham o blog e o canal com frequência, sabem que cá por casa sou totalmente fã dos livros de Trisha Ashley. Portanto, como seria de esperar, este menino lindo teve de vir encher as prateleiras cá de casa. A ideia era ler durante o mês de Dezembro enquadrando o livro no projecto RudClaus. Mas foi impossível. No entanto já cá canta e, o que dizer de mais um livro de uma das minhas autoras preferidas?
Que gostei claro está. Só que foi o livro que menos gostei até agora. A sinopse diz imenso sobre a história e por isso não vale a pena entrar em grandes detalhes sobre a mesma. Tem, como todos os livros da autora, uma série de elementos que adoro. Uma casa antiga, com histórias, lendas, um ou outro fantasma, uma missão e romance. Uma das características que mais gosto na escrita da Trisha é a forma calma e lenta como ela desenvolve a narrativa. Sinto-me sempre envolvida na trama e nunca me custa ler as descrições perfeitinhas que a autora faz do que envolve a história. Comida, casas, personagens. Mas em Um Conto de Inverno, foi por vezes penoso acompanhar a história. São perto de 200 e pouco páginas de descrições intermináveis acerca da rotina da casa. A manutenção da mesma e os planos necessários para a salvar. Quando passamos estas 200 páginas, de repente, parece que há uma lufada de ar fresco e a história ganha um novo fôlego. O ritmo acelera (por vezes até demais), a trama intensifica-se e as coisas tomam um novo rumo. A história melhorou substancialmente. Quanto ao romance, que é um dos pontos principais do livro, terminou, ou finalmente aconteceu, de forma tão rápida, que quase não percebemos como é que chegámos lá. As personagens não nos são totalmente estranhas, uma vez que neste livro regressamos à vila de Sticklepond. É sempre bom regressarmos a ambientes que já nos são familiares.  
É mais um livro com uma pitada mágica, bem ao estilo da autora, perfeito para ler num fim de semana chuvoso, com uma caneca de chá. Sem dúvida que recomendo para os fãs de Trisha. Mas se for a vossa primeira experiência com a autora, comecem por outro =)

Sinopse: Sophy Winter não é a típica dona de uma casa senhorial. Na verdade, à exceção de muitos sonhos e uns quantos pesadelos, nunca foi dona de nada. Porém, a sua sorte muda inesperadamente quando herda uma mansão no campo. É com o coração rejubilante que vai conhecer a sua herança. E o que vê não é (de todo) o que esperava. Winter’s End foi em tempos uma casa imponente, mas agora está decrépita e (pior!) repleta de excêntricos e infernais habitantes. Sophy – que quase se imaginara a protagonizar uma versão real de Downton Abbey – fica desesperada. Mas o pior está para vir. Quando se espalha a notícia de que William Shakespeare visitara a mansão durante os seus dias de glória, a vila inteira fica de olhos postos em Sophy. Especialmente o sedutor Jack Lewis. Mas estará ele realmente apaixonado por ela… ou apenas na herança, subitamente tão apetecível? 
Entregue a si própria num casarão repleto de histórias, segredos, pó e (talvez) um ou dois fantasmas, o que deve Sophy fazer? Infelizmente, não pode sequer contar com Seth, o seu magnífico jardineiro. Seth… tão silencioso e forte como a mais bela das árvores (e que a ignora desde o primeiro dia). Seth… o homem cujo coração ela nunca conseguirá conquistar (disso, Sophy tem a certeza absoluta). 
Mas a jovem herdeira já deveria ter aprendido a desconfiar da aparente previsibilidade da vida. Tão surpreendente quanto a própria herança é aquilo que está prestes a acontecer.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Hygge - Ser feliz à Dinamarquesa - Opinião

Opinião: Não é este o livro perfeito para iniciar um novo ano de leituras? Para mim foi.
Passa já algum tempo desde a ultima vez que escrevi no blog. Isto da maternidade rouba mais tempo do que aquele que eu pensava e portanto, tempo para ler (ou vontade) é escasso. Não me façam falar da pilha de livros enormesca que tenho por ler. Shame shameeee.
Hygge foi a minha primeira leitura do ano. Um livro pequeno, escrito de forma simples e apresentado de uma forma original, cativou-me desde o primeiro momento em que o recebi.
Hygge explica-nos o segredo para ser feliz, tal qual o povo dinamarquês é. No fundo é isto.
Falo por mim que sou um bocado obcecada por tudo o que vem do norte da europa (escolas, decoração e sociedade quase perfeita), já calculava que o segredo da felicidade fosse algo simples assim. No fundo todos temos nas nossas casas e vidas coisas que são Hygge e com imenso potencial para ser feliz à dinamarquesa. Desde almofadas aos montes, velas (que só acendemos quando falta a luz), chocolates, amigos...não se trata de um livro simplório, mas no final entendemos que é preciso muito pouco para ser feliz.
Decidi apresentar-vos à minha casa e às coisas que tenho que a tornam Hygge =)
A minha sala de estar está, como as vossas provavelmente, repleta de livros. São mais que as mães, como se diz. Isto é Hygge. Deixa-me feliz. Também tenho montes de mantas na sala e almofadas. No começo tudo combinava com tudo. Agora começa tudo a ficar desemparelhado, mas até gosto mais assim. Confortável e quentinho. Tenho uma lareira, que apesar de ser mega mega Hygge é uma treta para limpar e manter acesa. Serve para a decoração. Velas aos montes, sofás e vários pontos de luz. Check
No corredor é para esquecer. Há quase 2 anos nesta casa e ainda não pendurei quadros, espelho ou decorei de todo. As cartas das contas pagas, facturas e recibos acumulam-se no móvel da entrada. Not cool. Not Hygge. Reformular: em processo.
Na cozinha tenho uma ou outra manta...acontece, elas vão atrás e por lá ficam. É SUPER HYGGE. Se está frio na cozinha porque não? Também mantenho os livros de culinária por lá, assim como quadros magnéticos onde eu e o meu marido escrevemos uma data de tretas um ao outro. Desde o ocasional, falta comprar pão, ao, és um tóto. Só falta ter sempre um bolo quentinho acabadinho de fazer para ser Hygge. Um dia lá chegaremos. 

Os quartos são Hygge nos dias em que são limpos. LOOOL triste mas é verdade. Têm tudo para ser um must. Almofadas, cabeceira bonita, colcha quente, mantas, velas, fotos, livros, brinquedos. Mas a desarrumação é tudo menos Hygge. Ninguém é feliz a viver no caos.
As casas de banho...digamos que é complicado ter uma casa de banho Hygge quando se pisa areão dos gatos. Mas um dia a coisa melhora; quando eles aprenderem a manter a areia dentro da caixa.
Mas e no resto da vida? Temos amigos, boa comida, bom tempo, relativa paz social. Tudo para ser feliz à dinamarquesa. Porque será que não somos?
Leiam e logo falamos? Combinado?

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Sinopse: Porque é que os dinamarqueses são tão felizes? Hygge é a resposta. 

Mas o que é hygge? A palavra é tão impossível de traduzir como difícil de pronunciar (huga é uma aproximação). É um conceito muito fácil de inserir no seu estilo de vida e que lhe trará serenidade, proximidade e felicidade. Para o conseguir, deve identificar pequenas «bolhas de união», rituais simples que alimentam a alma.

"Hygge — Ser Feliz à Dinamarquesa" apresenta uma série de ideias específicas para incluir o hygge na sua vida. E é garantido que se investir num pouco de hygge duplicará em felicidade. Afinal de contas, cinco milhões de Dinamarqueses não podem estar enganados.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

2 meses de ti

Falta 1 dia para fazer 2 meses que nasceste. No fundo isto é um bocado como uma casa dos segredos. São 24 horas sob 24 horas sempre contigo...2 meses mais parecem 4. O primeiro mês foi tão difícil bisnico. Ainda bem que já passou e que já nos adaptámos um ao outro. Tu ao meu colo, e eu aos teus braços. Mas foi tão complicado amor. Sei que um dia vais perguntar à mãe e ao pai como se fazem os bebes e de onde vieste. Como foi que nasceste? O mais certo será a mãe pintar a coisa de forma muito cor de rosa, porque não vais precisar de saber o quão difícil foi ter-te.
Foi a pior experiência da vida da mãe. Nunca pensei que fosse ser assim mas nada me preparou para o nível de dor que senti e para a quantidade de sentimentos que tive. Se antes a mãe não conseguia falar sobre isso, agora começa a ser mais fácil, por isso, vamos meter tudo cá para fora, porque quando tiveres idade para ler isto, os blogs já não vão existir.
A mãe tinha muitas ideias sobre o parto. Ideias muito bem definidas sobre o que queria e o que não queria que acontecesse no momento em que nascesses. Correu tudo ao contrário. Começou tudo 6 dias antes de tu nasceres. Sim amor. A mãe andou 6 dias a sofrer antes de nasceres. Fui ao hospital fazer uma ultima avaliação antes do parto e, a querida médica realizou um procedimento na mãe que se chama descolamento de membranas. Sem o consentimento da mãe. Todas as mulheres se queixam do toque. Mas o toque não dói. O que dói é quando o médico em questão decide forçar e acelerar o parto. Sem motivo. Percebi logo que alguma coisa estava mal, pois assim que a médica o fez, e desde esse dia, que a mãe começou a perder sangue. Fiquei tão triste com ela, tão zangada. Sempre quis que nascesses quando tu quisesses e não quando um qualquer médico decidisse, apenas porque sim.
3 dias antes de nasceres a mãe começou a ter contracções. Dolorosas, mas irregulares. Um dia antes a mãe foi ao hospital. Já não estava a aguentar; mas sabes o que aconteceu? Mandaram a mãe para casa. Porque estavam sem camas. Perguntaram se me importava...visto que vivia perto. Assim foi. Voltei para casa mais o pai e as horas seguintes foram passadas em stress com dores intensas que se tornavam cada vez mais fortes e regulares. A mãe começou a apontar num papelinho tudo... aguentei 3 horas com contracções a cada 5 minutos, até que tivemos de ir para o hospital. A mamã deu entrada à 13 da tarde e tu nasceste no dia seguinte por volta da 1 da manhã. Foi tão mau bebe. A mãe queria que tu nascesses num ambiente calmo e descontraído, independentemente de saber que ia ser doloroso, se tudo à minha volta estivesse calmo, a mãe era capaz de se manter assim. Durante o trabalho de parto, a mamã ficou num quarto com o pai, sozinhos e descontraídos, a ver as horas a passar, a aguentar as dores. Fui para o chuveiro, brinquei na bola de pilates, ouvi música, brincámos com a situação e sonhámos com o momento em que te fossemos ver. 

Quando chegou a altura de nasceres, chegou uma enfermeira parteira. Era ela que ia fazer o teu parto. A mãe pensou que a coisa ia ser mais rápida confesso. Pensei que fazia força 5 vezes e tu nascias. Mas não. Passaram 2 horas e a mãe estava a ficar esgotada. Mas a verdade é que a coisa só começou a correr mesmo mal quando todo o pessoal do bloco de partos, que não tinha mesmo mais nada que fazer, decidiu entrar no meu quarto e assistir. Começaram a brincar com a situação, a fazer jogos umas com as outras. Duas quase que fizeram um dó li tá para decidir quem é que ia tirar-te dentro de mim. Sabes bebe, a mãe não tinha epidural. Senti tudinho e entrei em desespero. Gritei tudo o que tinha para gritar e entrei em pânico, em choque. Lembro-me de ter duas enfermeiras em cima da minha barriga a empurrarem-te. Como não conseguiram, fizeram um nó num lençol para te empurrar. Também não resultou. Chamaram a médica para te tirar com ventosas e lá acabaste por nascer. Era tanta a confusão, tanto o barulho, tanta gente na brincadeira, que a mãe, mesmo depois de te ter cá fora a chorar, continuava a implorar para que aquilo chegasse ao fim. Todas as senhoras presentes continuaram na brincadeira, até que uma diz: acho que a mamã está em choque. E foi quando se lembraram que eu tinha exigido que viesses para os meus braços assim que nascesses. Só me acalmei, e só caí em mim, quando finalmente te recebi nos meus braços e te pousei no meu peito. Senti o teu cheiro e olhei bem nos teus olhos, que me fitaram com uma intensidade tal, que posso seguramente dizer, que nunca ninguém olhou assim para mim. Troquei contigo mil palavras em silêncio que ficaram todinhas guardadas para mim e montanhas de carícias. Quase 2 meses e nunca mais te quis largar. 
Hoje tive de te deixar pela primeira vez sozinho com o pai durante umas horas. Passei o tempo todo a pensar em ti; todo o meu corpo reagia só de te imaginar. Enfim. Está a ser a experiência das nossas vidas meu amor, onde cada dia é uma descoberta para os dois. Amo-te incondicionalmente, cada dia mais e mais... acho que este amor nunca vai ter fim.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada - Opinião

Opinião: Durante muito tempo recusei-me a ler este livro e continuo a ter uma opinião sobre ele e a sua necessidade, muito vincadas. 
O mundo Potter tem sido durante anos, explorado até ao limite e, não me parece que tão cedo a loucura vá acalmar. Cada vez mais me parece que o universo Potteriano poderá ficar para a história, um bocadinho à semelhança da Guerra das Estrelas. Claro que para quem é fã, isto é fantástico e queremos sempre mais. Mas, e sei que não falo só por mim, queremos sempre mais e melhor, sempre com qualidade. Queremos aquilo que queremos e não migalhas que nos enganem o estômago. É isto que este livro representa para mim. Apesar de ter gostado muito da história apresentada, do desenvolvimento e desfecho (não esquecendo nunca que se trata de um guião de peça de teatro) este livro serve para enganar o estômago. Serve para calar bocas durante algum tempo.
Afinal de contas já lá vão alguns anos desde que o ultimo livro da saga saiu. Todo o fã queria e chorava por uma continuação. Talvez não imediata, mas dali a uns bons anos. Quando se houve falar deste livro fica toda a gente em alvoroço e depois vai-se a ver e é apenas um guião. Não chega, não é suficiente. A história apresentada é gira e divertida, cheia de momentos tensos e com algumas surpresas e revelações que sei que vão ao encontro daquilo que os fãs queriam. Mas bolas, seria tão bom ler esta mesma ideia num livro composto, com pés e cabeça, com capítulos em vez de actos e cenas. Teria sido tão mais bom pegar nesta ideia e trabalhar a coisa a sério. Fiquei desiludida. Contente e de coração meio cheio por poder voltar a este universo, mas triste por ser apenas aquilo.
Está prestes a sair mais um filme relacionado com a saga, desta vez sobre os monstros fantásticos. E não é que a coisa vai ser transformada num livro que não existe? Isto faz algum sentido? Porque é que se estica tanto a corda a estas cenas e quando é que isto irá abrandar? Quando é que já chega? Adiante...sobre o livro, adorei o Scorpius. Foi a minha personagem preferida desde o começo da peça. Todas as outras continuam iguais e mesmo as novas personagens, como os filhos do Harry, são muito cócos, tal como os imaginava. O Harry continua parvo... o que dizer mais.
Fez-se justiça pelos Slytherin e mais não digo.